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Revista valoriza
pesquisa feita
no Brasil
ESPECIAL PARA A FOLHA
Apesar de o trabalho com a bactéria Xylella fastidiosa ter tido como objetivo principal criar competência na área de sequenciamento de genomas, seu estudo produziu conhecimentos científicos importantes, diz o pesquisador Andrew Simpson.
Isso levou a "Nature" a dar a sua capa para o artigo, apesar de sequenciamentos de bactérias já estarem se tornando comuns, diz ele.
"Um terço dos genes é novo para a ciência e isso mostra o quanto ainda temos de aprender", diz o pesquisador britânico radicado no Brasil.
Outra descoberta importante foi a semelhança de alguns genes com outros existentes em agentes causadores de doenças em humanos. A Xylella tem um arsenal sofisticado para se defender de agressões e infectar a planta.
A bactéria é transmitida por um inseto, a cigarrinha, que injeta o micróbio diretamente nos vasos de transporte de seiva, o sistema vascular chamado xilema.
O micróbio se instala entre os vasos e age lentamente -como diz seu nome científico, de modo "fastidioso". Mas o resultado é o entupimento de vasos e a produção de laranjas pequenas e secas.
Comentando a pesquisa do consórcio paulista na mesma edição da "Nature", Michael Bevan, do Centro John Innes (Reino Unido), afirmou que se trata de um exemplo "admirável e bem-vindo" de sequenciamento, do tipo que tenderá cada vez mais a ter um impacto importante na agricultura.
Editorial da "Nature" também elogiou a pesquisa como "conquista política, assim como científica".
(RBN)
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