São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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PANORÂMICA

Academia Real de Ciências da Suécia
Imagem de uma mancha solar feita por telescópio em 15 de julho, colorizada artificialmente

ASTRONOMIA

Grupo sueco obtém imagens mais detalhadas da estrutura de mancha solar
Pesquisadores do AlbaNova University Centre, em Estocolmo, na Suécia, obtiveram imagens cuja resolução espetacular e inédita pode ajudar a decifrar os mais resistentes mistérios de um fenômeno astronômico que já é registrado desde 1613: as manchas solares.
Com um novo telescópio solar sueco inaugurado em maio, os pesquisadores conseguiram observar manchas cuja região mais escura tinha apenas 90 km de diâmetro na superfície solar -e, o que é melhor, com detalhes minuciosos das estruturas que as rodeiam.
As manchas solares foram observadas primeiramente pelo italiano Galileu Galilei, graças ao emprego de um telescópio para observações astronômicas. Desde então os cientistas têm tentado entender os mecanismos por trás dessas formações.
Sabe-se que elas estão ligadas ao ciclo solar, que dura pouco mais de 11 anos, e são geradas por desequilíbrios no campo magnético da estrela. As manchas são regiões mais frias da superfície solar, com cerca de 4.200C. A fotosfera (região superficial da estrela) do Sol normalmente tem uma temperatura média de 5.500C.
"As novas observações devem auxiliar os cientistas a detalhar o comportamento dos campos magnéticos do Sol", afirma Amâncio Friaça, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.
Os resultados estão publicados na edição de hoje da revista científica britânica "Nature" (www.nature.com). (SALVADOR NOGUEIRA, DA REPORTAGEM LOCAL)


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