CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre

O Brasil, ao contrário dos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), possui um projeto estratégico que o credencia como uma sociedade da informação.
A afirmação é do pesquisador José Rincon Ferreira, diretor do Ibict (Instituto Brasileiro de Informação Científica e Tecnológica), órgão que é vinculado ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Por exemplo, na área da educação, o governo brasileiro definiu como objetivo utilizar as tecnologias de informação para ampliar o ensino à distância.
"A Sociedade da Informação no Contexto do Mercosul" foi o tema abordado ontem, último dia da 51ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Porto Alegre, pelo diretor do Ibict .
Em setembro próximo, em Buenos Aires, acontecerá um seminário que reunirá autoridades do Mercosul em ciência e tecnologia e servirá para os parceiros do Brasil, principalmente, discutirem seu papel como sociedade da informação.
Os avanços realizados pela União Européia nessa área serão tomados como parâmetro pelo Mercosul. No ano seguinte, outro seminário, com o mesmo tema, está previsto para ocorrer no Rio de Janeiro.
No conceito de sociedade da informação, conforme Ferreira, a informação é um elemento ligado ao desenvolvimento da população.
Como forma de destacar a importância da informação nesse contexto, Ferreira citou a Costa Rica, país da América Central.
"A renda per capita da Costa Rica é dez vezes inferior à dos Estados Unidos. No entanto, tem o mesmo índice de mortalidade infantil dos Estados Unidos. Isso é atribuído a um excelente programa de difusão de informações na área de saneamento básico", disse o diretor do Ibict.
Segundo Ferreira, o governo brasileiro tem um plano para melhorar a rede física por onde transita a informação.


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