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Apreendidos há mais de três anos por policiais federais do Rio, fósseis de seis espécies de peixe de mais de 110 milhões de anos retirados ilegalmente da chapada do Araripe (CE) -o mais importante sítio paleontológico do Brasil- partiram ontem para o Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (CE).
O transporte dos 1.800 kg do material, avaliado em US$ 600 mil, está sendo feito em duas etapas, porque o avião da PF não comporta mais de uma tonelada. Metade dos fósseis embarcou ontem e a outra parte segue amanhã.
Os fósseis foram extraídos, segundo a polícia, por moradores da região, conhecidos como "peixeiros", que costumam vendê-los a turistas por cerca de R$ 10. Seu valor comercial na Europa chega, segundo a PF, a US$ 300.
"Acompanhamos o material desde sua extração, na chapada do Araripe, até a chegada do caminhão com os fósseis a um galpão do Santo Cristo [zona norte do Rio]. Seriam vendidos a um colecionador alemão", diz o delegado titular da Delemaph (Delegacia de Repressão Contra os Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico), Antônio Rayol.
Na ocasião, três pessoas foram presas e processadas por dano contra o patrimônio da União.
A demora para o envio do material à terra natal, segundo Rayol, ocorreu, entre outras coisas, por falta de dinheiro para o transporte dos fósseis. (TALITA FIGUEIREDO)


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