São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006

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Constelação de satélites terá uso civil, diz UE

DA REPORTAGEM LOCAL

O Programa Galileo nasceu dentro da óptica da Comunidade Européia para ser uma alternativa ao Sistema de Posicionamento Global, mas conhecido pela sigla em inglês GPS, criado pelos norte-americanos para fins militares nos anos 1970.
A nova constelação de satélites -dos 30 que vão entrar em órbita até 2010 apenas um foi lançado- deverá ser usada apenas para fins civis. Segundo Raimundo Nonato Mussi, representante da AEB (Agência Espacial Brasileira), em certas situações, os europeus também poderão usar os dados do programa para a guerra.
Apesar de a Comunidade Européia não ter exigido uma contribuição financeira do Brasil na primeira fase, o programa tem um custo de 3,2 bilhões. Parte desses recursos será financiada pelo setor privado, que depois também terá o direito de vender serviços aos usuários em geral. O plano de negócios feito pela União Européia -a parte técnica está sob responsabilidade da Agência Espacial Européia- prevê que, em 2020, quase 3,6 bilhões de pessoas usarão o sistema.
O lançamento do primeiro satélite do programa Galileo, o Giove-A (o termo, Júpiter em italiano, tanto é uma homenagem ao astrônomo que foi o primeiro a observar as luas do planeta como corresponde às iniciais, em inglês, da expressão "elemento de validação em órbita de Galileu") em dezembro do ano passado, além de ter sido histórico para a Comunidade Européia, tem um grande peso estratégico. É o início de um sonho de ser independente dos Estados Unidos, quando o assunto for localizar algo dentro do planeta.


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