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MEDICINA
Estudo usou camundongos
Célula de medula óssea pode regenerar nervos
STEVE CONNOR
DO "THE INDEPENDENT"
Um dos desenvolvimentos mais entusiasmantes na medicina moderna -o emprego de células-tronco derivadas de embriões humanos para tratar doenças incuráveis- tem sido emperrado pela controvérsia ética. Agora, cientistas deram um passo adiante, por ora só com camundongos, que pode dispensar de vez o uso de células-tronco embrionárias: células retiradas da própria medula
óssea talvez possam regenerar nervos danificados no cérebro.
O trabalho tem potencial para desafiar a pesquisa com células
embrionárias porque as células-tronco não viriam de embriões,
mas da medula de um adulto. Poderia também revelar-se, no futuro, um avanço no tratamento de doenças como mal de Parkinson e esclerose múltipla.
Trata-se da última evidência a emergir de várias linhas de pesquisa indicando o poder de células-tronco de adultos de se "reinventar", em lugar de estarem estreitamente predestinadas a se diferenciar em apenas um tipo de
tecido do corpo.
O achado, que saiu na revista especializada "Cell Transplantation", vai reabrir o debate sobre a
ética da experimentação com células-tronco de embriões, já que
as células-tronco adultas parecem
ter a mesma capacidade plena de
transformar-se em tecidos especializados. Grupos antiaborto e o
Vaticano têm feito oposição feroz
ao uso de embriões em pesquisa.
A pesquisa foi liderada pelo
neurocirurgião Walter Low, da
Escola Médica da Universidade
de Minnesota (EUA). Demonstra
que a medula óssea retirada de camundongos adultos pode transformar-se em células especializadas funcionais do cérebro.
Low injetou células da medula
óssea de um roedor em embriões
novos, que foram implantados
em mães de aluguel. Depois de
nascidos, revelou-se que tinham
incorporado as células-tronco
"estrangeiras" e que as usaram
para fazer células da todas as regiões do cérebro.
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