São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009

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Venda em promoção não isenta loja de responder por danos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Tive todas as dificuldades possíveis no momento da instalação", relata Bruno Rangel, 28, analista de suporte. Foram problemas no agendamento da visita e com a falta de organização no local da montagem de armários de cozinha e quarto.
"Na primeira vez em que foram em casa, deixaram o serviço pela metade, além de bagunça, pedaços do móvel da cozinha pela sala e os do quarto em cima da minha cama", narra.
Ao saírem, os profissionais avisaram que uma nova montagem deveria ser marcada -mas não em menos de uma semana.
"Após montarem tudo, o armário estava torto e as gavetas caíam. Como comprei na promoção, informaram que a troca não seria efetuada e ganhei um vale de 10% do valor gasto para comprar ali", diz Rangel.
A presidente da Pro Teste -entidade de defesa dos direitos do consumidor-, Maria Inês Dolci, explica que comprar em promoção não tem nada a ver com perder direitos.
"O consumidor sempre terá direito à reexecução do serviço se ele não ficou a contento. Também pode pedir que outra pessoa monte os móveis se a primeira não desempenhou bem seu trabalho", ensina.

Vale
O montador foi o menor problema do engenheiro de sistemas Roni Katz, 38, ao comprar armário e estantes que necessitavam de parede furada para serem instalados. "Perguntei ao vendedor e ao gerente da loja Etna se não haveria problema na minha montagem, já que minha parede é de gesso", diz.
Quando recebeu o montador, ele disse que não seria possível instalar o móvel por causa do gesso. "Não assinei a nota de recebimento e, ao ligar para a loja para pedir o estorno do meu cartão de crédito, fui informado de que eles não me reembolsariam, e me ofereceram um "vale" no valor do móvel."
"A loja recebeu intimação avisando que, se cobrasse alguma parcela do cartão de crédito, teria de me reembolsar pelo dobro do valor." Procurada pela Folha, a Etna não se pronunciou sobre o caso, que está no Juizado de Pequenas Causas.
A empresária Denise Pinto da Silva, 40, conseguiu em outra rede a devolução de seu dinheiro sem entrar na Justiça.
"Na compra de uma cama com colchão, informaram que o móvel chegaria dali a duas semanas. Nesse dia, a loja me liga para informar que só entregaria a peça em 30 dias por não a ter em estoque", conta.
"Fiquei mais de uma hora sendo transferida de um ramal para outro. Depois de muito esforço, cancelaram a compra e prometeram me ressarcir", afirma. O dinheiro foi devolvido depois de um mês e de uma carta publicada na imprensa.


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