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Venda em promoção não isenta loja de responder por danos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Tive todas as dificuldades
possíveis no momento da instalação", relata Bruno Rangel, 28,
analista de suporte. Foram problemas no agendamento da visita e com a falta de organização no local da montagem de
armários de cozinha e quarto.
"Na primeira vez em que foram em casa, deixaram o serviço pela metade, além de bagunça, pedaços do móvel da cozinha pela sala e os do quarto em
cima da minha cama", narra.
Ao saírem, os profissionais
avisaram que uma nova montagem deveria ser marcada -mas
não em menos de uma semana.
"Após montarem tudo, o armário estava torto e as gavetas
caíam. Como comprei na promoção, informaram que a troca
não seria efetuada e ganhei um
vale de 10% do valor gasto para
comprar ali", diz Rangel.
A presidente da Pro Teste
-entidade de defesa dos direitos do consumidor-, Maria
Inês Dolci, explica que comprar
em promoção não tem nada a
ver com perder direitos.
"O consumidor sempre terá
direito à reexecução do serviço
se ele não ficou a contento.
Também pode pedir que outra
pessoa monte os móveis se a
primeira não desempenhou
bem seu trabalho", ensina.
Vale
O montador foi o menor problema do engenheiro de sistemas Roni Katz, 38, ao comprar
armário e estantes que necessitavam de parede furada para
serem instalados. "Perguntei
ao vendedor e ao gerente da loja Etna se não haveria problema na minha montagem, já que
minha parede é de gesso", diz.
Quando recebeu o montador,
ele disse que não seria possível
instalar o móvel por causa do
gesso. "Não assinei a nota de recebimento e, ao ligar para a loja
para pedir o estorno do meu
cartão de crédito, fui informado de que eles não me reembolsariam, e me ofereceram um
"vale" no valor do móvel."
"A loja recebeu intimação
avisando que, se cobrasse alguma parcela do cartão de crédito, teria de me reembolsar pelo
dobro do valor." Procurada pela Folha, a Etna não se pronunciou sobre o caso, que está no
Juizado de Pequenas Causas.
A empresária Denise Pinto
da Silva, 40, conseguiu em outra rede a devolução de seu dinheiro sem entrar na Justiça.
"Na compra de uma cama
com colchão, informaram que
o móvel chegaria dali a duas semanas. Nesse dia, a loja me liga
para informar que só entregaria a peça em 30 dias por não a
ter em estoque", conta.
"Fiquei mais de uma hora
sendo transferida de um ramal
para outro. Depois de muito esforço, cancelaram a compra e
prometeram me ressarcir",
afirma. O dinheiro foi devolvido depois de um mês e de uma
carta publicada na imprensa.
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