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São Paulo, domingo, 13 de julho de 2003

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OUTRO LADO

Para quem vende, produtos, geralmente fabricados na região Sul, sofrem danos durante o transporte

Viagem longa é a maior vilã, dizem lojas de móveis

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A culpa dos defeitos nos móveis é principalmente do transporte, e não só da fabricação. Pelo menos é isso que argumentam lojas do setor ouvidas pela Folha. Segundo elas, grande parte dos produtos é fabricada na região Sul e está sujeita a danos na longa viagem.
As empresas com mais reclamações em 2002 afirmam estar implantando melhorias para solucionar as dificuldades.
A Kolumbus -líder de denúncias no ano passado (311)- afirma que a razão dos problemas apontados foi a mudança para um novo centro de distribuição, mas que agora as dificuldades já teriam sido solucionadas.
"A empresa está em processo de qualificação de fornecedores para obter o máximo de qualidade", declara Nasser Fares, diretor das Lojas Marabraz, vice-líder em queixas em 2002 (106).
Fares também afirma estar treinando sua equipe de freteiros e inspecionando as mercadorias por amostragem.
As outras lojas citadas na reportagem afirmam tomar providências rápidas para trocar os produtos com defeitos e também para treinar sua equipe de transporte e montagem.
"Fazemos estatísticas de falhas encontradas nos produtos e as encaminhamos, com as reclamações, aos fabricantes", conta Mauricio Gomes, gerente-geral da Fábrica de Móveis Brasil.
Já nas Casas Bahia, Michel Klein, diretor administrativo da rede, ressalva que "são raríssimas as reclamações por cobrança indevida ou consumidor indevidamente negativado [em sistemas de proteção ao crédito]. Essas situações ocorrem por duplicidade de documento, documentos roubados, compra em nome de terceiros e cheque sem fundos".

Sintomas
"A concorrência acirrada faz com que muitos fabricantes enfoquem o preço. Assim, vários móveis têm boa aparência, mas acabamento ruim", analisa Marco Aurelio Bernardes, da Abimóvel.
A espessura das chapas que compõem o móvel é uma característica que merece muita atenção, segundo Bernardes. "Se tiverem menos de 1,5 cm, a tendência é de a chapa curvar e se soltar dos pontos em que está presa."
Também ajuda perguntar sobre a garantia, já que o programa da Abimóvel recomenda dois anos para todos os componentes.
Kleber Suzart, 26, proprietário da Art Movelaria Design, recomenda atenção com o aglomerado. "Não aguenta a umidade e pode esfarelar e trincar."


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