DA REDAÇÃO

O Censo 2000 revelou que a taxa de fecundidade da mulher brasileira sofreu redução de 19% em relação a 1991, quando os pesquisadores do IBGE verificaram que cada brasileira tinha em média 2,9 filhos. A última medição identificou 2,35 crianças por mãe.
Essa queda tem sido verificada desde a década de 60. Em 40 anos, portanto, o Brasil registrou um movimento demográfico que na Europa levou 150 anos.
As unidades da federação que apresentaram taxas inferiores a 2,1 foram os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal. Estados Unidos e Irlanda, por exemplo, têm índices de 2,0 e 1,9, respectivamente.
Os especialistas em demografia consideram quase impossível a inversão dessa tendência de redução da fertilidade nos próximos anos. Segundo eles, no Nordeste (taxa de 2,6), especialmente, a retomada será difícil em decorrência do grande número de esterilizações já feitas em mulheres.
O cruzamento de informações do censo, segundo estudiosos, permite afirmar que a população brasileira deverá atingir em 2020 o equivalente a 211 milhões. Hoje tem cerca de 170 milhões.
A partir de 2050, dizem, com taxas de crescimento próximas a zero, o contingente populacional chegará aos 250 milhões -uma população menor do que a observada atualmente nos EUA.



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