São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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Diagnóstico é visto por família com suspeita

DA REPORTAGEM LOCAL

Perto do Natal do ano passado, a pequena Minnie Pombo do Amaral e Menezes, de três anos, começou a ter febre alta, vômito, dores abdominais.
Na primeira clínica a que os pais recorreram, no Rio de Janeiro, Minnie recebeu o diagnóstico de uma "virose estomacal". Recebeu alguns remédios para baixar a febre -os tratamentos das viroses benignas resumem-se, em geral, a um controle dos sintomas - e foi para casa. Os médicos disseram que não eram necessários mais exames, conta o pai, o advogado Solival Menezes.
Como o diagnóstico não causava grande preocupação, a família rumou para as férias em Porto Seguro, na Bahia. Ficaram pouco mais de um dia. A febre piorou, apareceu a dificuldade para respirar, e tiveram de pegar o primeiro vôo de volta.
Em São Paulo, a família recebeu o diagnóstico no hospital: Minnie, na verdade, tinha uma pneumonia que já tomara os dois pulmões. Passou 28 dias na UTI, também por causa de complicações, como uma septicemia (infecção generalizada).
"Ela está bem, se recuperou. Mas hoje, por qualquer coisa, o médico diagnostica virose e pronto. Possivelmente pessoas morrem por aí. Um simples raio X teria evitado tudo isso", diz o pai.
Segundo o infectologista Orlando da Conceição, do Hospital São Luiz, hemograma e o exame de imagem são obrigatórios em quadros de virose. O infectologista Vicente Amato Neto vai mais longe. Para ele, um bom médico desvenda boa parte dos quadros viróticos com o exame físico e o histórico do paciente.



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