|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Diagnóstico é visto por família com suspeita
DA REPORTAGEM LOCAL
Perto do Natal do ano passado, a pequena Minnie
Pombo do Amaral e Menezes, de três anos, começou a
ter febre alta, vômito, dores
abdominais.
Na primeira clínica a que
os pais recorreram, no Rio
de Janeiro, Minnie recebeu o
diagnóstico de uma "virose
estomacal". Recebeu alguns
remédios para baixar a febre
-os tratamentos das viroses benignas resumem-se,
em geral, a um controle dos
sintomas - e foi para casa.
Os médicos disseram que
não eram necessários mais
exames, conta o pai, o advogado Solival Menezes.
Como o diagnóstico não
causava grande preocupação, a família rumou para as
férias em Porto Seguro, na
Bahia. Ficaram pouco mais
de um dia. A febre piorou,
apareceu a dificuldade para
respirar, e tiveram de pegar
o primeiro vôo de volta.
Em São Paulo, a família recebeu o diagnóstico no hospital: Minnie, na verdade, tinha uma pneumonia que já
tomara os dois pulmões.
Passou 28 dias na UTI, também por causa de complicações, como uma septicemia
(infecção generalizada).
"Ela está bem, se recuperou. Mas hoje, por qualquer
coisa, o médico diagnostica
virose e pronto. Possivelmente pessoas morrem por
aí. Um simples raio X teria
evitado tudo isso", diz o pai.
Segundo o infectologista
Orlando da Conceição, do
Hospital São Luiz, hemograma e o exame de imagem são
obrigatórios em quadros de
virose. O infectologista Vicente Amato Neto vai mais
longe. Para ele, um bom médico desvenda boa parte dos
quadros viróticos com o
exame físico e o histórico do
paciente.
Texto Anterior: Saúde: Viroses exigem acompanhamento Próximo Texto: Depressão é "lado B" de redução de estômago Índice
|