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Educador brasileiro tem 4º pior salário
da Sucursal de Brasília
O salário anual de um professor
do ensino fundamental em início
de carreira no Brasil é o quarto
pior entre os 45 pesquisados pela
OCDE. Só os professores da Turquia, Hungria e Indonésia eram
mais mal remunerados do que os
brasileiros em 97.
Enquanto no Brasil um professor de escola pública do ensino
fundamental em início de carreira
recebe por ano R$ 3.596, no Chile
o salário anual chega a R$ 16.725.
Segundo o ministro Paulo Renato Souza (Educação), os dados
do relatório da OCDE não levam
em conta os benefícios trazidos
com a implantação do Fundef
(fundo de valorização do magistério), em 97.
"Até 98, o Fundef já havia provocado um aumento médio de
12,7% nos salários dos professores no Brasil. Para quem ganhava
menos, o impacto chegou a quase
50%. Só que esse aumento não foi
captado ainda pela pesquisa da
OCDE porque os dados levantados são de 97", explica.
A disparidade entre os salários
dos professores brasileiros cai
conforme o profissional vai evoluindo na carreira do magistério.
Ou seja, quanto mais tempo de
carreira tiver o professor, menor
será a diferença salarial em relação ao pago nos outros países.
Um professor do ensino fundamental no topo da carreira no
Brasil ganha, em média, R$ 11.796
po ano. No Chile, este professor
receberia R$ 16.140.
Para Paulo Renato, isso acontece porque as carreiras salariais no
Brasil são muito abertas.
"A diferença salarial entre um
professor no início de carreira e
no topo da profissão no Brasil
sempre foi muito grande, porque
há uma série de benefícios que
são incorporados de acordo com
o tempo de serviço. Nos outros
países, isso não acontece", diz.
Enquanto no Brasil a diferença
entre um professor em início e no
fim da carreira pode ser de até dez
vezes, nos EUA não passa de quatro e em Cuba é apenas o dobro.
Resolução do CNE (Conselho
Nacional de Educação) de 97 estabelece novas diretrizes para carreira e remuneração do magistério, com o objetivo de diminuir o
intervalo entre os salários. "Mas
poucos Estados já fizeram as alterações sugeridas pelo CNE", diz
Maria Helena Guimarães.
(DF)
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