São Paulo, quarta-feira, 01 de março de 2000


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Morador da favela diz que foi uma noite de horror

da Sucursal do Rio

A moradora da favela, M.,16, disse que escutou o barulho dos tiros quando ainda estava na sala de aula na escola municipal Doutor Alberto Torres, próximo ao morro. A estudante seguiu até a favela preocupada com a família. Logo que chegou, por volta das 19h30, foi avisada sobre o confronto. "A polícia disse que eu podia subir, mas não garantia a minha segurança."
M. chegou a voltar para escola a procura de abrigo, mas não havia ninguém. Ela e outros moradores foram se refugiar na praça do Rinque, no centro de Niterói. "No início achei que não ia demorar muito", disse. Com o passar das horas, a polícia acabou abrindo o portão que protege a praça. Cerca de 200 pessoas tiveram de se acomodar em bancos e no chão.
A estudante disse que quase não dormiu preocupada com a mãe, que estava na favela.
A mãe de M., por sua vez, também passou a "noite em claro". Quase morri de preocupação sem saber onde minha filha estava."
Um rapaz de 24 anos disse que as balas pareciam entrar dentro das casas. "Foi uma noite de horror".


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