São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2001

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Quadrilha mantém 17 pessoas reféns por 11 horas em Caçapava

MARIA TERESA MORAES
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Quatro famílias, com 17 pessoas, passaram 11 horas em poder de quatro sequestradores que pediam R$ 20 mil de resgate ao gerente do banco Bradesco de São José dos Campos (97 km de SP).
Para levar os reféns ao cativeiro em uma chácara em Caçapava (112 km de SP), a quadrilha, formada por três homens e uma mulher, usou uma van. O sequestro começou às 18h de anteontem e acabou às 5h de ontem, sem o pagamento do resgate.
A ação começou com o sequestro do gerente D.E. Ele foi rendido com sua mulher e dois filhos.
Um dos sequestradores usou o carro da vítima para ir até o banco, onde foi feito refém o supervisor de segurança F.F.L.L.
De lá, o sequestrador foi até a casa do supervisor e rendeu sua mulher e dois filhos.
Os vizinhos do supervisor A.C.P., M.J.S.P., e seus três filhos, que estavam na calçada, também foram sequestrados. O restante da quadrilha se juntou às vítimas na via Dutra. Em Caçapava, os sequestradores levaram as 13 vítimas para uma chácara e renderam quatro pessoas, entre elas os proprietários do local.
Por volta das 5h de ontem, a quadrilha deixou todas as pessoas na chácara e fugiu na van, uma Sprinter roubada.
Em depoimento à Polícia Civil, o gerente do banco disse que os sequestradores pediram R$ 20 mil de resgate. Da chácara, os sequestradores levaram R$ 371, jóias, CDs e uma máquina fotográfica.
Segundo o delegado seccional de São José, Roberto Monteiro de Andrade Júnior, a ação foi feita por amadores. "O sequestro foi, no mínimo, atrapalhado, e tudo indica que foi feito por pessoas amadoras", disse o delegado.
Segundo ele, o número de sequestros na região tende a diminuir, porque os bancos estão seguindo a orientação da polícia de não pagar o resgate.
Uma equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São José e a Polícia Civil de Caçapava já têm pistas dos suspeitos.


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