LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A polícia gaúcha prendeu ontem o advogado Setembrino Capuá, 59, acusado de abusar sexualmente de deficientes mentais. As vítimas têm entre 20 e 25 anos -com idade mental de 11.
Os agentes da 1ª DP de São Leopoldo (a 30 km de Porto Alegre) começaram as investigações na última sexta e as concluíram ao fazer uma busca na casa do advogado e apreender 49 fitas de vídeo, nas quais há gravações de atos sexuais envolvendo Capuá, um travesti e outras pessoas (ainda investigadas) com três jovens, um de 20 e dois de 25 anos.
Capuá confessou a prática dos atos em depoimento à polícia. Ele não quis falar com a imprensa.
A polícia soube do crime a partir de acusações feitas ""por pessoas que dão assistência aos jovens e os acompanharam até o Ministério Público", diz a polícia. Por enquanto, foram examinadas três fitas, que, segundo o delegado Heliomar Franco, ""são de dar inveja a Calígula" -imperador romano (37 a 41 d. C.) cujo reinado foi marcado por instabilidade mental e delírios de divindade.
""Conseguimos identificar três vítimas. Pode haver mais. O certo é que elas não tinham discernimento", diz o delegado. Segundo ele, o abuso vinha ocorrendo havia três anos. "O caso é definido como pederastia e atentado ao pudor contra doentes mentais. A prisão pode ser de 8 a 12 anos."
Outros dois suspeitos tiveram a prisão temporária pedida pela polícia, e dois outros ainda estão sendo investigados.



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