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POLÍCIA
Delegado antipirataria é afastado
DO "AGORA"
Em uma operação sigilosa e determinada pela juíza-corregedora
do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Ivana David
Boriero, a Corregedoria da Polícia
Civil estourou ontem um depósito que é investigado como de propriedade do delegado Paulo
Fleury, o principal policial do Estado no combate ao contrabando
e à produção e venda de produtos
pirateados.
Na noite de ontem, mais de 12
policiais da corregedoria estiveram no galpão, localizado na rua
Força Pública, 283, em Santana
(zona norte).
O local fica a pouco mais de 2
km da sede do Deic (Departamento de Investigação sobre o
Crime Organizado), onde Fleury
é lotado.
Ontem, a Secretaria da Segurança Pública confirmou oficialmente o afastamento do delegado do
comando da Delegacia de Combate à Pirataria.
Outra investigação
No dia 13 do mês passado, o
"Agora" divulgou, com exclusividade, que Fleury já era investigado, a pedido da mesma juíza, por
presentear quatro escrivãs do Dipo com bolsas falsificadas da
marca francesa Louis Vuitton.
Assim como na investigação
das bolsas, a juíza Ivana e a Corregedoria querem saber se os equipamentos elétricos -furadeiras,
desempenadeiras e serras, na
maioria- e roupas apreendidas
ontem no galpão são provenientes de blitze da delegacia que era
chefiada por Fleury.
Em caixas retiradas do local pela Corregedoria, podia-se ler "I.C.
e B.O." -abreviações de Instituto
de Criminalística e Boletim de
Ocorrência.
Segundo a polícia, apura-se que
o material tenha, depois de passar
por análise, sido desviado do Instituto de Criminalística.
Outro lado
Em entrevista ontem, o delegado Fleury garantiu que apresentará sua versão sobre as investigações em uma entrevista coletiva
marcada para a próxima segunda-feira.
Ele disse que tem apenas uma
sala no local onde a operação foi
realizada, onde funciona a sua
empresa, a Fleury Consultoria.
Assim como na investigação
das bolsas, Fleury afirmou que "é
vítima de perseguições pessoais".
(André Caramante)
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