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Para ministro, não há motivo para insegurança
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O ministro Cristovam Buarque (Educação) disse ontem
em Campo Grande, em Mato
Grosso do Sul, que "preocupa a
todo o ministério" o aumento
no número de pedidos de aposentadorias pelos professores
universitários que temem a reforma da Previdência.
Para Buarque, "a insegurança
[dos professores" em parte é
sem razão, pois os direitos adquiridos serão mantidos".
Dos 45.800 professores universitários, 5.954, ou seja, 13%
do total, têm direito a se aposentar com benefício integral.
"Quem tem direito [à aposentadoria" a gente não pode
segurar", afirmou Buarque. "A
gente vai fazer o possível para
substituir [os aposentados" o
mais rápido possível", informou sem precisar datas.
Com os novos pedidos de
aposentadoria, as entidades do
setor acreditam que haverá instituições de ensino superior
correndo o risco de perder
grande parte de seus quadros.
Na avaliação do ministro, os
debates sobre a proposta de
mudança na Previdência vão
demorar meses e não é necessário ter pressa.
"Todo professor terá tempo
para saber como será a verdadeira reforma e, se alguém não
estiver satisfeito, vai ter tempo
de se aposentar", argumentou.
Salários
Buarque esteve ontem em
Campo Grande para lançar o
programa de alfabetização para 40 mil adultos em Mato
Grosso do Sul.
Houve assinatura de convênio no valor de R$ 3 milhões
com o governo do Estado.
Durante o lançamento do
programa, o ministro voltou a
criticar os baixos salários dos
professores das escolas municipais e das estaduais.
"Não é possível querer uma
boa escola com o salário médio
de professor no Brasil de R$
530, o que não diz a realidade
porque a média de 80% dos
professores é só R$ 360", afirmou Cristovam Buarque.
O ministro não disse qual seria o salário ideal. Ele afirmou
que o reajuste depende de negociações entre as prefeituras e
os governos federal e estadual.
(HUDSON CORRÊA)
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