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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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Para ministro, não há motivo para insegurança

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O ministro Cristovam Buarque (Educação) disse ontem em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, que "preocupa a todo o ministério" o aumento no número de pedidos de aposentadorias pelos professores universitários que temem a reforma da Previdência.
Para Buarque, "a insegurança [dos professores" em parte é sem razão, pois os direitos adquiridos serão mantidos".
Dos 45.800 professores universitários, 5.954, ou seja, 13% do total, têm direito a se aposentar com benefício integral.
"Quem tem direito [à aposentadoria" a gente não pode segurar", afirmou Buarque. "A gente vai fazer o possível para substituir [os aposentados" o mais rápido possível", informou sem precisar datas.
Com os novos pedidos de aposentadoria, as entidades do setor acreditam que haverá instituições de ensino superior correndo o risco de perder grande parte de seus quadros.
Na avaliação do ministro, os debates sobre a proposta de mudança na Previdência vão demorar meses e não é necessário ter pressa.
"Todo professor terá tempo para saber como será a verdadeira reforma e, se alguém não estiver satisfeito, vai ter tempo de se aposentar", argumentou.

Salários
Buarque esteve ontem em Campo Grande para lançar o programa de alfabetização para 40 mil adultos em Mato Grosso do Sul.
Houve assinatura de convênio no valor de R$ 3 milhões com o governo do Estado.
Durante o lançamento do programa, o ministro voltou a criticar os baixos salários dos professores das escolas municipais e das estaduais.
"Não é possível querer uma boa escola com o salário médio de professor no Brasil de R$ 530, o que não diz a realidade porque a média de 80% dos professores é só R$ 360", afirmou Cristovam Buarque.
O ministro não disse qual seria o salário ideal. Ele afirmou que o reajuste depende de negociações entre as prefeituras e os governos federal e estadual.
(HUDSON CORRÊA)


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