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ADMINISTRAÇÃO
Governo petista pode recorrer da decisão
Justiça autoriza Folha e "Agora" a terem acesso a dados da taxa do lixo
DO "AGORA"
A juíza Ana Paula Sampaio de
Queirós Bandeira Lins, da 7ª Vara
da Fazenda Pública, determinou
ontem que a Prefeitura de São
Paulo forneça imediatamente aos
jornais editados pela Empresa Folha da Manhã Ltda. -Folha e
"Agora"- os dados dos estudos
realizados para definir as faixas de
recolhimento da taxa do lixo sugeridas aos contribuintes.
A decisão, em caráter liminar,
motivada por iniciativa do "Agora", prevê que a Secretaria de Serviços e Obras forneça "todas as informações existentes em seus arquivos quanto à fórmula de aferição adotada para classificação dos
contribuintes nas faixas de tributação da Taxa de Resíduos Sólidos
Domiciliares". A prefeitura pode
recorrer da decisão.
Em seu despacho, a juíza Bandeira Lins cita que a Constituição,
em seu artigo 5º, inciso XXXIII,
estabelece que "todos têm direito
a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado".
A juíza afirma também, em sua
decisão, que a própria legislação
municipal que criou a taxa do lixo
"expressamente dispôs que "ressalvados os documentos e os autos que devem ser mantidos em
segredo por motivo de segurança
pública, proteção à intimidade ou
segredo protegido, todos os demais permanecerão abertos à
consulta pública'".
Os estudos do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) incluem a forma como foi feita a
apuração e a classificação de cada
imóvel nas faixas de cobrança estipuladas pela prefeitura e os resultados finais nas várias regiões
do município. Desde 18 de março,
o "Agora" tenta, em vão, obter os
dados do estudo.
Na cobrança enviada aos moradores, a prefeitura estabelece faixas de recolhimento, que variam
de R$ 6,14 a R$ 61,36 para residências. O morador pode declarar e
pagar um valor diferente do sugerido. Mas está sujeito a multa de
R$ 500, se a fiscalização comprovar que ele produz mais lixo do
que o declarado.
A Secretaria de Serviços e Obras
informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai esperar
a notificação oficial da decisão judicial para se manifestar.
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