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CRIME NOS EUA
Com essa decisão da Justiça americana, Saul dos Reis Jr. escapa da pena de morte, mas pode pegar até 60 anos
Brasileiro é indiciado por homicídio culposo
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Saul dos Reis Jr., 25, foi indiciado ontem por homicídio culposo
(resultante de imperícia, negligência ou imprudência), agressão
sexual de segundo grau e por colocar a integridade física de uma
menor sob risco. A Justiça dos
EUA resolveu assim, 11 dias depois, que o brasileiro será julgado
na esfera estadual, e não na federal, como se aventou.
Ele estava sendo acusado pela
polícia de Danbury (Estado de
Connecticut) de assassinar acidentalmente a estudante norte-americana Christina Long, 13. O
crime teria ocorrido enquanto os
dois faziam sexo no carro do ex-garçom, depois de terem se conhecido via internet.
Se condenado, Reis pode pegar
uma pena máxima de 60 anos de
prisão e ter de pagar multa de até
US$ 65 mil. A possibilidade de
pena de morte, aplicável para homicídio doloso (em que há intenção criminosa), foi afastada.
Ontem ainda um juiz estadual
fixou a fiança em US$ 1 milhão.
Ele está detido numa penitenciária federal em Bridgeport (Connecticut), indiciado por usar a internet para seduzir menor.
Caso seja condenado também
por esse crime federal, o brasileiro pode pegar até 15 anos. Além
disso, ele está sob custódia do
Serviço de Imigração dos EUA
por estar no país ilegalmente. Por
esse terceiro crime, Reis não poderia ser solto nem se pagasse a
fiança das acusações estaduais.
Saul dos Reis Jr. morava em
Greenwich (Connecticut) e trabalhava de garçom no restaurante
Café Brasil, que é tocado por sua
mãe e seu padrasto numa cidade
no subúrbio de Nova York. Está
desde os dez anos nos EUA, onde
se formou no segundo grau.
Casado com a brasileira Tatiana
há dois anos, conheceu a estudante americana na internet. A
menina costumava usar seu site
para marcar encontros com homens que frequentemente terminavam em sexo.
Christina Long desapareceu na
noite do dia 17. Reis foi preso na
manhã do dia 19, depois que correio eletrônico seu de teor erótico
foi encontrado no computador
da menina. Então, segundo o FBI
(polícia federal dos EUA), ele teria confessado o assassinato acidental por enforcamento e levado
os policiais até o corpo dela.
A defesa do brasileiro nega as
acusações, mas comemorava discretamente ontem o fato de Reis
não correr mais o risco de ser
condenado à pena de morte, já
que foi indiciado por homicídio
culposo e não doloso.
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