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São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

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TRANSPORTE

Sindicato aceita reajuste em 3 vezes; nova assembléia será na 2ª

Metroviários cancelam nova greve

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos metroviários decidiu ontem à noite, em assembléia, suspender a greve que poderia começar hoje. A categoria aceitou a determinação do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Francisco Fausto, de dividir o reajuste salarial de 18,13% em três vezes.
O ministro acolheu parcialmente um pedido do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo), que entrou com recurso na tentativa de suspender a sentença do TRT. No dia 29 de maio, o tribunal havia determinado o pagamento imediato de um reajuste salarial de 18,13%.
Fausto determinou o pagamento imediato de 12,13%. O restante deverá ser pago em duas parcelas de 3% cada, em janeiro e março do ano que vem.
O ministro fixou multa de 1% sobre o valor total da folha mensal de pagamento por dia de atraso no cumprimento da decisão, para obrigar o Metrô a acatá-la. Se a multa for aplicada, o dinheiro arrecadado será repassado ao Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo.
Segundo o despacho do ministro, o Metrô deve cumprir a determinação até que o TST se pronuncie definitivamente a respeito.
"A categoria aceitou a proposta do TST. Não é uma proposta boa, mas entendemos que foi a melhor possível. Vamos esperar agora que o Metrô aceite também", afirmou Onofre Gonçalves de Jesus, do sindicato dos metroviários.
A assessoria de imprensa do Metrô informou que a direção da empresa se reuniu para analisar o impacto da determinação na folha de pagamento e que se manifestará hoje sobre o assunto.
No recurso ao TST, o Metrô argumentou que não tinha condições financeiras de arcar com o reajuste fixado pelo TRT.
A companhia afirma que o aumento de 18,13% elevaria em R$ 98 milhões os gastos anuais -quebrando um equilíbrio primário entre receita e despesa, já que a folha de pagamento passaria a comprometer 81% da arrecadação (índice que hoje é de 68%).
No entanto a possibilidade de greve não está descartada. Uma nova assembléia foi marcada para a próxima segunda-feira. Caso o Metrô se mostre contra a determinação do TST e não deposite o reajuste dos funcionários, a categoria pode iniciar uma nova greve na próxima semana.
No último dia 17, os metroviários realizaram uma greve de dois dias para forçar a companhia a pagar o reajuste.


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