São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004

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Greve de motoristas em Recife dura 20 horas

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Durou 20 horas a greve por melhores salários dos motoristas, cobradores e fiscais do transporte coletivo da região metropolitana de Recife, Pernambuco.
O movimento foi deflagrado à 0h de ontem e encerrado à noite, após reunião de conciliação na Justiça do Trabalho.
Os trabalhadores, que reivindicavam aumento de 24,8%, aceitaram reajuste de 5,23% -0,23% acima do percentual que haviam rejeitado antes. O valor do vale-refeição também foi elevado, de R$ 60 para R$ 80.
Com o fim da greve, os ônibus circularão normalmente a partir da 0h de hoje. A gradativa queda na adesão ao movimento durante todo o dia de ontem contribuiu para o fim da paralisação.
Durante a manhã, a participação dos grevistas foi grande. Horas depois, perdeu força quando a Justiça determinou o retorno de 50% da frota às ruas. Não houve tumulto.
No centro da cidade, o clima foi de tranqüilidade. Na periferia, houve filas nos pontos de parada. Com um número restrito de vans autorizadas a circular, carros de passeio foram utilizados para o transporte clandestino remunerado de passageiros.
O metrô de superfície reforçou suas linhas com 11 vagões. As 17 empresas que atuam no sistema oficial na região metropolitana, responsáveis pelo transporte de 1,8 milhão de pessoas por dia, contrataram 195 motoristas, em regime de emergência.
Anúncios da contratação foram veiculados nas emissoras de TV durante a noite de anteontem, antes do início da greve. Filas de desempregados se formaram nas garagens, logo pela manhã.
Para evitar eventual represália dos grevistas, todos os profissionais, inclusive os que optaram por não aderir ao movimento, trabalharam sem uniforme.
O sindicato dos trabalhadores calculou em 70% a adesão à greve. As empresas avaliaram a paralisação em 40%. Para a EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano), o movimento atingiu 50% dos 17 mil trabalhadores do setor.


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