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Advogado renuncia ao caso
da Reportagem Local
O advogado Ademar Gomes
renunciou à defesa do motoboy Francisco de Assis Pereira.
Gomes trabalhou para a família do acusado durante 15
dias e disse que tomou essa decisão porque Pereira não se entregou à polícia.
"Não tenho condição de defendê-lo enquanto ele permanecer foragido", disse Gomes.
Segundo ele, a vida do acusado
corre mais risco com ele em liberdade do que preso. "Mesmo que, agora, ele se apresente
à polícia, não mudarei minha
decisão, que é irrevogável."
O advogado divulgou uma
carta explicando as razões para
a renúncia. Ele afirmou que
nunca teve contato com o motoboy, o que só era feito por
meio da família de Pereira.
O advogado afirmou que, se
Pereira é mesmo o autor dos
crimes, "não seria justo deixá-lo solto, em liberdade para
cometer novos assassinatos".
Ele também disse que se fosse
comprovada a inocência do
acusado, não seria justo deixá-lo foragido, "correndo o
risco de ser assassinado" na
rua.
O advogado voltou a pedir
que o motoboy se entregue à
polícia. "Essa é a única saída."
Gomes disse também que essa
é a mesma postura da família
do acusado.
DNA
O médico-legista Wilmes Roberto Teixeira, diretor do Centro de Investigação de Crimes
Sexuais da Universidade de
Mogi das Cruzes, achou 45 espermatozóides no material orgânico retirado de Selma Ferreira Queiroz, uma das oito
mulheres mortas.
Segundo o centro, o ideal seria encontrar, pelo menos, 60
espermatozóides para que o
DNA, o código genético do
maníaco, fosse obtido.
Mesmo assim, o centro vai
tentar fazer o trabalho. Se o código genético do maníaco for
obtido pelo centro, ele poderá
ser comparado com o do motoboy. Essa prova seria importante para a condenação ou absolvição do acusado.
Em um primeiro exame, realizado pelo Instituto Médico
Legal, não havia sido encontrado nenhum espermatozóide.
(MG)
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