da Sucursal de Brasília

A Procuradoria Geral do Distrito Federal ainda não decidiu se irá recorrer da sentença. Entretanto, como a indenização implica desembolso de recursos do Tesouro, a sentença será julgada em segunda instância mesmo se as partes não recorrerem.
"Ainda não tive tempo de examinar a sentença porque ela ainda não foi publicada no "Diário Oficial" e eu também não fui intimado", disse Miguel Farage, procurador-geral do GDF.
Mesmo assim, Farage afirmou que é provável que o GDF recorra. "Em casos que envolvem pagamento de indenizações, é praxe recorrer porque temos de defender os interesses do Tesouro."
A advogada da família de Giovane Costa também pretende recorrer porque considerou baixos os valores da indenização. "Para a mãe de Giovane, R$ 23 mil é uma boa ajuda, mas para o governo não é nada. É importante que os valores sejam altos para que o GDF de fato mude o tratamento dado aos adolescentes no Caje", diz Climene Quirido.
O secretário da Criança do Distrito Federal, Gustavo Ribeiro, não quis comentar a decisão da Justiça, mas disse que o governo vem tomando todas as medidas necessárias para evitar outras mortes dentro do Caje. "Estamos reforçando a segurança. Contratamos mais 36 agentes e dois médicos para impedir que situações como essa continuem acontecendo. O Caje não tinha médicos lá dentro. É um absurdo", diz.



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