DA SUCURSAL DO RIO

A Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) estimou em R$ 130 milhões as perdas causadas pelo fechamento de lojas ontem na região metropolitana.
A estimativa tem como base o faturamento médio do comércio na cidade do Rio, que é de R$ 258 milhões por dia.
Além das lojas fechadas, a estimativa da entidade leva em conta que o comércio que permaneceu aberto teve movimento reduzido por causa do medo das pessoas de sair às ruas.
Para Walter Machado, vice-presidente da Associação Comercial do Rio, os prejuízos causados ao comércio por ordem do tráfico chegaram ao "inimaginável".
"A criminalidade não tem essa força toda. O problema é o medo dos comerciantes. Se você não confiar na lei e na polícia, vai confiar em quem?", perguntou ele.

Transporte
Segundo a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), pelo menos quatro ônibus foram incendiados -dois em São Gonçalo (cidade da região metropolitana) e dois na Baixada Fluminense- e outros cinco foram depredados no Estado.
O superintendente da entidade, Luiz Carlos de Urquisa Nóbrega, disse que cerca de 2.000 dos 17 mil ônibus do Estado deixaram de circular por causa das ameaças dos traficantes.
Por falta de ônibus, os pontos permaneceram lotados durante todo o dia.
O sindicato das escolas particulares estimou que pelo menos 40% dos alunos das 1.800 instituições do município do Rio faltaram às aulas.
Segundo a Secretaria da Educação da Prefeitura do Rio, no turno da manhã 11% da rede não funcionou.
À tarde, esse percentual foi de 22% do total de 1.035 escolas. A Secretaria Estadual da Educação disse que, oficialmente, as escolas não fecharam.

Universidades
As aulas no campus do Rio Comprido (zona norte) da Universidade Estácio de Sá foram suspensas, assim como nos campi das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Botafogo, na zona sul, e Méier, na zona norte) e alguns da UniverCidade. (ANTÔNIO GOIS, TALITA FIGUEIREDO E FERNANDA DA ESCÓSSIA)

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