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Uso de maçarico a gás é criticado
DA AGÊNCIA FOLHA
O acidente na ponte Governador Colombo Machado Salles pode ter sido causado por uma negligência da distribuidora estatal,
a Celesc (Centrais Elétricas de
Santa Catarina), durante manutenção dentro de uma câmara fechada sob a ponte, por onde passam os cabos de transmissão.
A equipe da Celesc aquecia peças com um maçarico a gás. O botijão vazou durante uma pausa no
trabalho, enchendo a câmara de
gás. Quando a chama foi reacendida, o combustível pegou fogo.
O cabo de transmissão é isolado
por uma camada de óleo -uma
tecnologia antiga muito usada em
instalações feitas há mais de 20
anos, atualmente ela não é mais
empregada. A blindagem de
chumbo do cabo rompeu com o
fogo e o óleo de isolamento queimou por quase 24 horas até ser
controlado. Os estragos provocados pela alta temperatura podem
ter condenado a ponte.
"Usar maçaricos alimentados
por GLP em um ambiente fechado é assumir um risco indevido.
Há outros tipos de equipamentos
que poderiam ser usados", disse o
diretor da Federação Nacional
dos Engenheiros, Carlos Augusto
Ramos Kirchner. A Celesc disse
que a operação com GLP é padrão. "Esse é o normal nas nossas
operações", disse um engenheiro
da Celesc que preferiu não se
identificar.
(TIAGO ORNAGHI)
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