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São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

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Uso de maçarico a gás é criticado

DA AGÊNCIA FOLHA

O acidente na ponte Governador Colombo Machado Salles pode ter sido causado por uma negligência da distribuidora estatal, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), durante manutenção dentro de uma câmara fechada sob a ponte, por onde passam os cabos de transmissão.
A equipe da Celesc aquecia peças com um maçarico a gás. O botijão vazou durante uma pausa no trabalho, enchendo a câmara de gás. Quando a chama foi reacendida, o combustível pegou fogo.
O cabo de transmissão é isolado por uma camada de óleo -uma tecnologia antiga muito usada em instalações feitas há mais de 20 anos, atualmente ela não é mais empregada. A blindagem de chumbo do cabo rompeu com o fogo e o óleo de isolamento queimou por quase 24 horas até ser controlado. Os estragos provocados pela alta temperatura podem ter condenado a ponte.
"Usar maçaricos alimentados por GLP em um ambiente fechado é assumir um risco indevido. Há outros tipos de equipamentos que poderiam ser usados", disse o diretor da Federação Nacional dos Engenheiros, Carlos Augusto Ramos Kirchner. A Celesc disse que a operação com GLP é padrão. "Esse é o normal nas nossas operações", disse um engenheiro da Celesc que preferiu não se identificar. (TIAGO ORNAGHI)


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