|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAJETO DE RISCO
Pessoas iriam para consultas médicas e foram atacadas por homens armados
Van com pacientes é roubada no RJ
TALITA FIGUEIREDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Uma van da Prefeitura de Paty
de Alferes (120 km do Rio) foi
roubada ontem quando dez pessoas, entre elas um menino de
nove anos, eram levadas para
consultas médicas em hospitais
do Rio. A van foi atacada em um
dos acessos ao Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, por
quatro homens armados.
A polícia suspeita que a van tenha sido levada para transportar
uma carga de cigarros que seria
roubada momentos depois. Na
ação, eles roubaram a van e um
Escort. Os criminosos expulsaram o motorista Mauro César
dos Reis Machado e 8 das 10 pessoas. Duas delas, João Rodrigues, 75, e a sobrinha Neusa não
conseguiram sair a tempo. Eles
foram libertados pelos assaltantes pouco depois.
A van foi encontrada por volta
das 10h abandonada na entrada
da favela Vila Joaniza, na Ilha do
Governador, sem os bancos traseiros. O Escort também estava
lá, com o vidro dianteiro cravejado de balas. Perto do local onde a
van foi encontrada, segundo a
polícia, houve uma tentativa de
roubo de um carregamento de
cigarros. Os seguranças que
acompanhavam a carga teriam
trocado tiros com os assaltantes.
Ida
O projeto da Prefeitura de Paty
do Alferes transporta pessoas
diariamente que fazem tratamentos e consultas no Rio. Cristiane Teixeira, 27, acompanhava
o filho Danilo, 9, para consulta
de revisão no Hospital de Laranjeiras, onde ele operou o coração
no início do ano. Ele sofria de sopro. "Fiquei em pânico, muito
assustada. A gente vinha tranqüilo, quando fomos parados
por homens armados. Meu filho
ficou muito nervoso, chorou."
O aposentado Oswaldo Siqueira da Costa, 60, seria atendido no
Inca, para fazer exames preparatórios para radioterapia, por
causa de um caroço descoberto
em seu pulmão.
"Nenhum de nós conseguiu ir
para as nossas consultas, porque
tivemos que ficar o tempo todo
na delegacia. Agora, não sei mais
quanto tempo vai demorar para
conseguir marcar outro exame.
Mas graças a Deus ninguém ficou ferido."
Texto Anterior: Ambiente: Justiça quer prova de que conjunto em Mauá não está contaminado Próximo Texto: Urbanismo: Niemeyer vai pedir reavaliação da marquise Índice
|