São Paulo, Quarta-feira, 01 de Dezembro de 1999


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Número de mortes cai em São Paulo

da Reportagem Local

O número de pessoas que morrem em decorrência da Aids caiu 44,7% desde 1995 no Estado de São Paulo.
Os números foram divulgados pela Fundação Seade, levando em conta uma projeção realizada para todo o ano de 1999 com base nos registros de óbito recebidos pela fundação até julho deste ano.
Em 1995, morreram 7.739 pessoas em decorrência da doença. Este foi o ano recorde de óbitos por Aids. A partir de então, esse índice começou a cair. Em 1996, foram 7.268 mortes (queda de 6,1%). No ano seguinte, 5.532 (queda de 23,9%) e, no ano passado, 4.583 pessoas morreram com Aids (queda de 17,2%). Neste ano, a projeção é de 4.276 óbitos (queda de 6,7%).
A redução dos óbitos, a partir de 95 -e mais claramente a partir de 96-, se explica principalmente pela introdução do coquetel (com o inibidor de protease entre as drogas) no tratamento dos doentes.
Mas, segundo Naila Santos, diretora da Vigilância Epidemiológica de Aids do Estado de São Paulo, há outros fatores que contribuíram para a queda. "A descentralização do atendimento à saúde agilizou o serviço e permitiu a realização do diagnóstico e da profilaxia mais precocemente", diz.
Segundo o levantamento da Fundação Seade, a diferença na relação entre o número de homens e mulheres que morrem em decorrência da doença está diminuindo anualmente. Em 1988, 6,76 homens morriam para cada óbito feminino. Em 1993, essa relação caiu para 4,07 e, neste ano, a projeção é de uma taxa de 2,44 óbitos de homens para cada óbito de mulher.
"Os números confirmam a tendência observada em nível nacional de que há uma maior vulnerabilidade por parte das mulheres. O crescimento da epidemia tem sido maior entre elas", diz Naila.

Campanha
O Ministério da Saúde lançou ontem uma campanha de prevenção para TVs e rádios, que custou R$ 3 milhões.
A campanha tem como público alvo as crianças e os jovens e visa aumentar o diálogo sobre sexualidade entre pais e filhos.


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