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Número de mortes cai em São Paulo
da Reportagem Local
O número de pessoas que morrem em decorrência da Aids caiu
44,7% desde 1995 no Estado de
São Paulo.
Os números foram divulgados
pela Fundação Seade, levando em
conta uma projeção realizada para todo o ano de 1999 com base
nos registros de óbito recebidos
pela fundação até julho deste ano.
Em 1995, morreram 7.739 pessoas em decorrência da doença.
Este foi o ano recorde de óbitos
por Aids. A partir de então, esse
índice começou a cair. Em 1996,
foram 7.268 mortes (queda de
6,1%). No ano seguinte, 5.532
(queda de 23,9%) e, no ano passado, 4.583 pessoas morreram com
Aids (queda de 17,2%). Neste ano,
a projeção é de 4.276 óbitos (queda de 6,7%).
A redução dos óbitos, a partir de
95 -e mais claramente a partir
de 96-, se explica principalmente pela introdução do coquetel
(com o inibidor de protease entre
as drogas) no tratamento dos
doentes.
Mas, segundo Naila Santos, diretora da Vigilância Epidemiológica de Aids do Estado de São
Paulo, há outros fatores que contribuíram para a queda. "A descentralização do atendimento à
saúde agilizou o serviço e permitiu a realização do diagnóstico e
da profilaxia mais precocemente", diz.
Segundo o levantamento da
Fundação Seade, a diferença na
relação entre o número de homens e mulheres que morrem em
decorrência da doença está diminuindo anualmente. Em 1988,
6,76 homens morriam para cada
óbito feminino. Em 1993, essa relação caiu para 4,07 e, neste ano, a
projeção é de uma taxa de 2,44
óbitos de homens para cada óbito
de mulher.
"Os números confirmam a tendência observada em nível nacional de que há uma maior vulnerabilidade por parte das mulheres.
O crescimento da epidemia tem
sido maior entre elas", diz Naila.
Campanha
O Ministério da Saúde lançou
ontem uma campanha de prevenção para TVs e rádios, que custou
R$ 3 milhões.
A campanha tem como público
alvo as crianças e os jovens e visa
aumentar o diálogo sobre sexualidade entre pais e filhos.
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