DA REPORTAGEM LOCAL

As principais lideranças do ensino superior público e privado devem conhecer hoje o novo projeto do provão, durante uma reunião com ministro Cristovam Buarque, em Brasília.
"Ainda não conhecemos a versão final do projeto. Só vamos nos posicionar depois de conhecê-la", afirma Wrana Panizzi, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Superior).
Segundo ela, a princípio, a Andifes é favorável à avaliação. "Defendemos um sistema de avaliação transparente, capaz de revelar os pontos positivos e negativos."
O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, Édson Franco, 66, também não conhecia o texto, mas, depois do relato da Folha, afirmou ser favorável ao sentido geral das mudanças. Ele defendeu a fixação de indicadores diferenciados segundo a região. "Se exijo 50% dos professores com mestrado ou doutorado no Rio ou em São Paulo, tudo bem. Agora, tente fazer isso na Amazônia."
Para Elvira de Sousa Lima, consultora internacional de educação, o projeto ainda é frágil, especialmente no que diz respeito à temporalidade. "Se o curso for considerado ruim, só voltará a ser avaliado quando o aluno estiver deixando a faculdade."
O ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, pai do atual sistema, foi procurado, mas não respondeu aos recados no celular.



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