|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Firmas se dizem tranquilas
da Reportagem Local
A maioria dos laboratórios farmacêuticos que tiveram a quebra
do sigilo bancário aprovada ontem pela CPI dos Medicamentos
afirmou que receberam a notícia
com tranquilidade e que estão
dispostos a colaborar com as investigações.
A Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica)
informou, em nota, que respeita a
decisão da CPI e que, agora, "cada
laboratório tomará as medidas
que julgar necessárias".
O diretor do laboratório Glaxo
Wellcome para a América Latina,
Jorge Raimundo, afirmou que recebeu a decisão com "respeito, serenidade e surpresa".
"A quebra do sigilo sem uma
prova concreta cria surpresa",
disse. Ele contestou os dados sobre lucratividade das indústrias
farmacêuticas apresentados nesta
semana à CPI pelo secretário da
Receita Federal, Everardo Maciel.
"Eu gostaria de ter os lucros
anunciados pelo secretário. Nossa
margem nunca chegou a 10%."
Os laboratórios Merck e Astra
Zeneca informaram que estão
dispostos a colaborar com as investigações e que os aspectos jurídicos da decisão estão sendo analisados. Searle, Abbott, Bristol-Myers, Eli Lilly, Organon e
Wyeth-Whitehall afirmaram que
manterão sua postura de cooperação com as investigações feitas
pelas autoridades.
De acordo com David Zimath,
porta-voz do laboratório Byk, a
notícia da quebra do sigilo foi recebida com "total tranquilidade".
"A decisão em nada nos prejudicará, mas também não acrescentará nada às investigações, já que
as informações buscadas já podem ser obtidas com a quebra do
sigilo fiscal", disse Zimath.
Para o diretor de assuntos corporativos da Merck Sharp &
Dohme, Marcos Levy, é preciso
analisar o teor do requerimento.
"A intenção da empresa é contribuir, dentro do que a lei permite."
A Schering-Plough e a Centeon
não pretendem emitir opinião até
o término das investigações. O laboratório Roche afirmou que
"não está preocupado com a investigação". O Biosintética informou que ainda está analisando a
questão. Os outros laboratórios
não responderam às ligações da
reportagem.
Texto Anterior: Empresa é fechada por falta de licença Próximo Texto: Justiça: Ministério quer interditar postos de saúde Índice
|