São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2000


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OUTRO LADO

Firmas se dizem tranquilas

da Reportagem Local

A maioria dos laboratórios farmacêuticos que tiveram a quebra do sigilo bancário aprovada ontem pela CPI dos Medicamentos afirmou que receberam a notícia com tranquilidade e que estão dispostos a colaborar com as investigações.
A Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica) informou, em nota, que respeita a decisão da CPI e que, agora, "cada laboratório tomará as medidas que julgar necessárias".
O diretor do laboratório Glaxo Wellcome para a América Latina, Jorge Raimundo, afirmou que recebeu a decisão com "respeito, serenidade e surpresa".
"A quebra do sigilo sem uma prova concreta cria surpresa", disse. Ele contestou os dados sobre lucratividade das indústrias farmacêuticas apresentados nesta semana à CPI pelo secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. "Eu gostaria de ter os lucros anunciados pelo secretário. Nossa margem nunca chegou a 10%."
Os laboratórios Merck e Astra Zeneca informaram que estão dispostos a colaborar com as investigações e que os aspectos jurídicos da decisão estão sendo analisados. Searle, Abbott, Bristol-Myers, Eli Lilly, Organon e Wyeth-Whitehall afirmaram que manterão sua postura de cooperação com as investigações feitas pelas autoridades.
De acordo com David Zimath, porta-voz do laboratório Byk, a notícia da quebra do sigilo foi recebida com "total tranquilidade". "A decisão em nada nos prejudicará, mas também não acrescentará nada às investigações, já que as informações buscadas já podem ser obtidas com a quebra do sigilo fiscal", disse Zimath.
Para o diretor de assuntos corporativos da Merck Sharp & Dohme, Marcos Levy, é preciso analisar o teor do requerimento. "A intenção da empresa é contribuir, dentro do que a lei permite."
A Schering-Plough e a Centeon não pretendem emitir opinião até o término das investigações. O laboratório Roche afirmou que "não está preocupado com a investigação". O Biosintética informou que ainda está analisando a questão. Os outros laboratórios não responderam às ligações da reportagem.


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