São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2000


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Bueiro tinha até colchão

da Reportagem Local

Zaqueu Nogueira, funcionário de uma empresa de limpeza contratada pela prefeitura, foi um dos trabalhadores que participaram da limpeza de áreas afetadas pela chuva na zona sul de São Paulo.
Enfiado até o pescoço em uma galeria pluvial, que também recebe esgoto, ele retirava objetos, entre eles colchões, que impediam a vazão da água.
Ontem, ele trabalhava na rua Canuto Luiz do Nascimento, onde fica a favela onde uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um desabamento.
Com luvas que cobriam seus braços até a altura dos cotovelos, Nogueira, que ganha um salário de R$ 190, retirou tapetes de carro, cobertores, garrafas, madeira e até um colchão de palha de dentro da galeria do córrego. "Meu trabalho é como o de um rato", disse.
A doméstica Neusina Rodrigues Diogo, 40, pertence a uma das seis famílias que perderam as casas no deslizamento.
"Perdi sete anos de trabalho aí", disse Neusina, que morava na favela havia seis meses e investiu todo o seu FGTS -R$ 2.200- na construção da sua casa.


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