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Bueiro tinha até colchão
da Reportagem Local
Zaqueu Nogueira, funcionário
de uma empresa de limpeza contratada pela prefeitura, foi um dos
trabalhadores que participaram
da limpeza de áreas afetadas pela
chuva na zona sul de São Paulo.
Enfiado até o pescoço em uma
galeria pluvial, que também recebe esgoto, ele retirava objetos, entre eles colchões, que impediam a
vazão da água.
Ontem, ele trabalhava na rua
Canuto Luiz do Nascimento, onde fica a favela onde uma pessoa
morreu e duas ficaram feridas
após um desabamento.
Com luvas que cobriam seus
braços até a altura dos cotovelos,
Nogueira, que ganha um salário
de R$ 190, retirou tapetes de carro, cobertores, garrafas, madeira e
até um colchão de palha de dentro
da galeria do córrego. "Meu trabalho é como o de um rato", disse.
A doméstica Neusina Rodrigues Diogo, 40, pertence a uma
das seis famílias que perderam as
casas no deslizamento.
"Perdi sete anos de trabalho aí",
disse Neusina, que morava na favela havia seis meses e investiu todo o seu FGTS -R$ 2.200- na
construção da sua casa.
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