São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2000


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Polícia abandona vigilância

da Reportagem Local

A Polícia Militar deixou a favela Sem Terra às 2h de ontem. Desde anteontem à tarde, quatro carros da PM e 18 policiais estavam destacados para vigiar o local.
Doze horas depois da saída dos PMs, às 14h, o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, declarou, na Assembléia Legislativa, que "a polícia está presente no local".
A Folha apurou que não havia nenhum policial no local ontem, quando mais 30 famílias deixaram a favela. Das 450 pessoas que viviam na área, 60% abandonaram o local, segundo estimativas dos moradores.
Petrelluzzi disse que aumentou "sensivelmente" o policiamento no local. "Ali, a solução é nós saturarmos o policiamento, que é o que estamos fazendo agora."
Ele acredita que os casos de chacina na favela serão esclarecidos hoje. Petrelluzzi não quis dar detalhes das investigações, mas afirmou que os crimes não têm ligação com o tráfico de drogas.
Questionado sobre a garantia de segurança às famílias que continuam na favela, Petrelluzzi argumentou que qualquer pessoa teria dificuldade em responder tal pergunta. "Sentir-se seguro é muito subjetivo, mas a polícia está presente no local, e fazendo o possível para prender as pessoas que praticaram aqueles crimes."
"A prevenção de chacinas é difícil, porque não é crime eventual, é um crime de quadrilha, que se organizou e resolveu matar uma determinada pessoa." (SA)

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