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Polícia abandona vigilância
da Reportagem Local
A Polícia Militar deixou a favela
Sem Terra às 2h de ontem. Desde
anteontem à tarde, quatro carros
da PM e 18 policiais estavam destacados para vigiar o local.
Doze horas depois da saída dos
PMs, às 14h, o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, declarou, na Assembléia
Legislativa, que "a polícia está
presente no local".
A Folha apurou que não havia
nenhum policial no local ontem,
quando mais 30 famílias deixaram a favela. Das 450 pessoas que
viviam na área, 60% abandonaram o local, segundo estimativas
dos moradores.
Petrelluzzi disse que aumentou
"sensivelmente" o policiamento
no local. "Ali, a solução é nós saturarmos o policiamento, que é o
que estamos fazendo agora."
Ele acredita que os casos de chacina na favela serão esclarecidos
hoje. Petrelluzzi não quis dar detalhes das investigações, mas afirmou que os crimes não têm ligação com o tráfico de drogas.
Questionado sobre a garantia
de segurança às famílias que continuam na favela, Petrelluzzi argumentou que qualquer pessoa
teria dificuldade em responder tal
pergunta. "Sentir-se seguro é
muito subjetivo, mas a polícia está presente no local, e fazendo o
possível para prender as pessoas
que praticaram aqueles crimes."
"A prevenção de chacinas é difícil, porque não é crime eventual, é
um crime de quadrilha, que se organizou e resolveu matar uma determinada pessoa."
(SA)
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