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OUTRO LADO
Reforma é a mais radical da história, afirma presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Justiça e
Defesa da Cidadania e presidente da Febem, Alexandre
de Moraes, afirmou ontem
que a Febem passa pela reforma mais radical de sua
história e que os problemas
seriam inevitáveis.
"Mudanças abruptas sempre causam instabilidade.
Mas é a [mudança] possível.
Uma mudança aos poucos
traria uma instabilidade ainda maior", afirmou Moraes.
Segundo ele, os números
dos últimos dois meses mostram o que já se calculava:
resistência às mudanças.
"Não foi fácil e vai continuar
não sendo fácil."
Para ele, a concentração de
rebeliões, tumultos e fugas
nos últimos dois meses não
pode ser interpretada como
sinônimo de caos na instituição. "Estamos no meio de
um processo. E até os que
são contra ele admitem que é
o projeto mais radical da Febem", afirmou.
Moraes disse que a Febem
evoluiu nos últimos meses.
Entre os progressos, segundo ele, está o fim do que a
fundação chama de "máfia
das horas extras" -funcionários que incitariam rebeliões, assinariam o ponto,
mas iriam para casa, recebendo as horas extras.
A prisão de funcionários
do complexo da Vila Maria
em janeiro deste ano, depois
da suposta sessão de tortura
de 111 internos, também é
apontada como um avanço.
"Foi a primeira vez que a
própria Febem encaminhou
as prisões", disse. A Justiça
decretou a prisão preventiva
de 37 funcionários e aceitou
a denúncia pelo crime de
tortura contra 42.
Para o presidente da Febem, a demissão de 1.751
agentes no mês passado
também é um progresso.
"Apenas 170 tinham curso
universitário", disse. O Tribunal Regional do Trabalho
decidiu anteontem anular as
demissões, mas não obriga a
Febem a reaproveitá-los nas
unidades.
Desse grupo, 778 que têm
estabilidade podem receber
sem trabalhar. Os outros
973, com menos de três anos
de fundação, receberam estabilidade por 60 dias. A Febem vai recorrer.
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