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NA UTI
Prefeito quer verba para hospitais
Governo mente sobre crise na saúde, diz Maia
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), acusou o Ministério da
Saúde de mentir sobre os hospitais federais municipalizados na
década de 90 e de dar calote nessa
rede. À rádio CBN, Maia, pré-candidato à Presidência da República, disse que o único "ministério
problema" é o da Saúde, que estaria mentindo sobre a crise.
Ele afirmou ontem à Folha que
a crise é "exclusivamente" em razão do não-cumprimento, pelo
Ministério da Saúde, de contrato
para a transferência dos hospitais
à prefeitura.
"Quando eles não passam essa
informação e ocultam que são
eles que explicam a crise, pelo calote que dão na Prefeitura do Rio,
estão mentindo", escreveu.
O município quer que a pasta
cubra gasto de cerca de R$ 80 milhões com a cobertura de vagas de
funcionários federais que se aposentaram. O ministério concorda
em dar os recursos, desde que
atrelados a programas federais
que prevêem contrapartidas da
prefeitura. O prefeito disse que só
aceitará os programas do ministério se forem cumpridos os contratos do modo como quer. "Tergiversar sobre assuntos gerais para
não pagar o que devem é calote."
Até a conclusão desta edição, o
ministério não havia se manifestado sobre as críticas.
O hospital federal Clementino
Fraga Filho, ligado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), informou que o ministério
atrasa um repasse de R$ 800 milhões, referentes a novembro, pela realização de transplantes no
SUS (Sistema Único de Saúde).
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