São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

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Socorro a garota foi inadequado, diz especialista

DA REPORTAGEM LOCAL

O socorro dado à estudante Priscila Aprígio, 13, baleada durante um assalto em Moema, foi inadequado, segundo especialista ouvidos pela Folha.
Ela foi atingida no abdome por um projétil de arma de fogo, que atravessou seu corpo e atingiu sua medula. O ferimento pode deixá-la paraplégica.
A estudante foi socorrida por policiais militares que a carregaram até o carro segurada pelos pés e pelas mãos, flexionando sua coluna cervical.
De acordo com o chefe da cirurgia geral do hospital Souza Aguiar do Rio de Janeiro, Antonio Carlos Pantaleão Júnior, 41, a vítima de arma de fogo precisa ser considerada como politraumatizada.
Em outras palavras, uma das primeiras preocupações é imobilizar a coluna da vítima, até para garantir a liberação das vias respiratórias. "Uma lesão parcial pode se tornar total e irreversível."
O capitão Walmir Corrêa Leite, 41, chefe do resgate do Corpo de Bombeiros de São Paulo, afirma que a "condição ideal" de transporte da vítima é na posição horizontal, imobilizada, para evitar o agravamento do quadro.
No caso específico de Priscila, o capitão faz uma ressalva em defesa dos colegas pela situação em que ocorreu o socorro, logo após um tiroteio.
O major Jorge Peixoto Frisene, 52, comandante dos policiais que prestaram o socorro, disse que o atendimento foi correto e atingiu o principal objetivo, que era preservar a vida da estudante. "Se não faz, morre", afirmou.


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