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Socorro a garota foi inadequado, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
O socorro dado à estudante Priscila Aprígio, 13,
baleada durante um assalto em Moema, foi inadequado, segundo especialista ouvidos pela Folha.
Ela foi atingida no abdome por um projétil de arma de fogo, que atravessou seu corpo e atingiu sua
medula. O ferimento pode
deixá-la paraplégica.
A estudante foi socorrida por policiais militares
que a carregaram até o
carro segurada pelos pés e
pelas mãos, flexionando
sua coluna cervical.
De acordo com o chefe
da cirurgia geral do hospital Souza Aguiar do Rio de
Janeiro, Antonio Carlos
Pantaleão Júnior, 41, a vítima de arma de fogo precisa ser considerada como
politraumatizada.
Em outras palavras,
uma das primeiras preocupações é imobilizar a
coluna da vítima, até para
garantir a liberação das
vias respiratórias. "Uma
lesão parcial pode se tornar total e irreversível."
O capitão Walmir Corrêa Leite, 41, chefe do resgate do Corpo de Bombeiros de São Paulo, afirma
que a "condição ideal" de
transporte da vítima é na
posição horizontal, imobilizada, para evitar o agravamento do quadro.
No caso específico de
Priscila, o capitão faz uma
ressalva em defesa dos colegas pela situação em que
ocorreu o socorro, logo
após um tiroteio.
O major Jorge Peixoto
Frisene, 52, comandante
dos policiais que prestaram o socorro, disse que o
atendimento foi correto e
atingiu o principal objetivo, que era preservar a vida da estudante. "Se não
faz, morre", afirmou.
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