DA REDAÇÃO

A maior chacina ocorrida em um presídio no país inspirou um dos filmes brasileiros mais vistos pela população. O longa "Carandiru", de Hector Babenco, cuja produção consumiu R$ 12 milhões, teve 4,6 milhões de espectadores.
O filme, de 2003, conquistou o prêmio Glauber Rocha, no 25º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Cuba, foi aplaudido de pé no 56º Festival de Cannes e virou série na TV Globo.
O longa, baseado no livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, relata a história de personagens da Casa de Detenção, na zona norte de São Paulo, e o clímax é a rebelião de 1992, quando 111 presos morreram após a invasão da polícia, na tarde do dia 2 de outubro.
O pavilhão 9 foi derrubado em dezembro de 2002. Apenas oito famílias de presos mortos receberam indenização.
O então diretor do presídio, Ismael Pedrosa, que pediu reforço à Polícia Militar durante a rebelião, foi assassinado no interior de São Paulo em 2005. O coronel Ubiratan Guimarães, comandante da operação, foi condenado a 632 anos de prisão em 2001, mas, em fevereiro deste ano, teve a pena anulada pelo Tribunal de Justiça.


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