|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mecânica é terreno a ser desbravado
DA REPORTAGEM LOCAL
De olho nas motoristas que
querem entender o "mecaniquês"
falado nas oficinas automotivas,
um shopping da Grande São Paulo ofereceu neste mês um curso de
noções de mecânica para mulheres. Cerca de 50 condutoras se interessaram pelas lições sobre calibragem de pneus, suspensão,
freios e amortecedores.
Uma delas foi a reflexoterapeuta
Sandra Mota, atraída pela possibilidade de conseguir um panorama do funcionamento geral de
um veículo.
"Não é que eu ame mecânica,
mas queria me inteirar pelo menos das peças." O que aprendeu?
"A fazer economia de combustível. Por não dar atenção à calibragem, estava gastando mais do que
o necessário."
Em caso de pane, Mota diz que
está pronta para oferecer ajuda
aos rapazes que tiverem contratempos no volante. Só não sabe
como reagirão.
"Talvez haja resistência pois homem gosta mais de brincar de
carro do que mulher."
Também aluna do curso, a tesoureira Luciane Nascimento
afirma que assimilou as noções
básicas, mas relativiza o grau de
conhecimento automobilístico.
"Não dá para desmontar um carro. Mas o dia que precisar, vou
chegar em casa e poder dizer:
acho que tem um problema em
tal parte."
Mecânica profissional
Quem já é fluente no "mecaniquês" é Francielli Medeiros de
Proença, 20, cuja beleza é destaque num ambiente predominantemente masculino, a oficina da
Cometa em Itapetininga. "Trabalhei durante quase três anos fazendo costura, mas gosto mesmo
é de ser mecânica", afirma Francielli, que fez um curso no Senai e
cujo pai biológico, com quem ela
nunca teve contato, tinha essa
profissão.
(LN e AI)
Texto Anterior: Toque feminino: Mulheres assumem o volante no transporte Próximo Texto: Avanço na mata: Condomínios de luxo invadem a Cantareira Índice
|