São Paulo, domingo, 02 de abril de 2006

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Mecânica é terreno a ser desbravado

DA REPORTAGEM LOCAL

De olho nas motoristas que querem entender o "mecaniquês" falado nas oficinas automotivas, um shopping da Grande São Paulo ofereceu neste mês um curso de noções de mecânica para mulheres. Cerca de 50 condutoras se interessaram pelas lições sobre calibragem de pneus, suspensão, freios e amortecedores.
Uma delas foi a reflexoterapeuta Sandra Mota, atraída pela possibilidade de conseguir um panorama do funcionamento geral de um veículo.
"Não é que eu ame mecânica, mas queria me inteirar pelo menos das peças." O que aprendeu? "A fazer economia de combustível. Por não dar atenção à calibragem, estava gastando mais do que o necessário."
Em caso de pane, Mota diz que está pronta para oferecer ajuda aos rapazes que tiverem contratempos no volante. Só não sabe como reagirão.
"Talvez haja resistência pois homem gosta mais de brincar de carro do que mulher."
Também aluna do curso, a tesoureira Luciane Nascimento afirma que assimilou as noções básicas, mas relativiza o grau de conhecimento automobilístico. "Não dá para desmontar um carro. Mas o dia que precisar, vou chegar em casa e poder dizer: acho que tem um problema em tal parte."

Mecânica profissional
Quem já é fluente no "mecaniquês" é Francielli Medeiros de Proença, 20, cuja beleza é destaque num ambiente predominantemente masculino, a oficina da Cometa em Itapetininga. "Trabalhei durante quase três anos fazendo costura, mas gosto mesmo é de ser mecânica", afirma Francielli, que fez um curso no Senai e cujo pai biológico, com quem ela nunca teve contato, tinha essa profissão. (LN e AI)


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