Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
entrevista
Ministro admite quebra de hierarquia
AUDREY FURLANETO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo,
reconheceu ontem ter havido quebra de hierarquia
na negociação com os controladores em greve. Mas
o mais importante, diz, era
restabelecer o tráfego aéreo e resolver a situação
dos passageiros que lotavam os aeroportos. A seguir, a entrevista:
FOLHA - Houve quebra de
hierarquia na negociação com
os controladores de vôo?
PAULO BERNARDO - De fato,
não foi algo de acordo com
a lei militar. Mas o que vinha em primeiro lugar era
restabelecer o tráfego aéreo e resolver a angústia
das pessoas. Se os comandantes fossem à reunião,
seria mais drástico.
FOLHA - Teriam decretado
voz de prisão aos grevistas?
BERNARDO - Seria usada a
lei militar. E o Brasil não
tem time reserva [para o
lugar dos controladores],
como disse o presidente
[Lula]. A orientação dele
era para restabelecer o
tráfego naquele momento.
Diante da situação extrema, era o mais importante.
FOLHA - Na reunião, pediram
a presença do presidente?
BERNARDO - Não. Se tivessem pedido, não teríamos
como marcar. O Lula não
tem que negociar. Nós negociamos, o Lula decide.
Texto Anterior: Lula recebe plano para desmilitarização Próximo Texto: "Não dava mais", diz diretor da associação dos controladores Índice
|