São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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entrevista

Ministro admite quebra de hierarquia

AUDREY FURLANETO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reconheceu ontem ter havido quebra de hierarquia na negociação com os controladores em greve. Mas o mais importante, diz, era restabelecer o tráfego aéreo e resolver a situação dos passageiros que lotavam os aeroportos. A seguir, a entrevista:  

FOLHA - Houve quebra de hierarquia na negociação com os controladores de vôo?
PAULO BERNARDO
- De fato, não foi algo de acordo com a lei militar. Mas o que vinha em primeiro lugar era restabelecer o tráfego aéreo e resolver a angústia das pessoas. Se os comandantes fossem à reunião, seria mais drástico.

FOLHA - Teriam decretado voz de prisão aos grevistas?
BERNARDO
- Seria usada a lei militar. E o Brasil não tem time reserva [para o lugar dos controladores], como disse o presidente [Lula]. A orientação dele era para restabelecer o tráfego naquele momento. Diante da situação extrema, era o mais importante.

FOLHA - Na reunião, pediram a presença do presidente?
BERNARDO
- Não. Se tivessem pedido, não teríamos como marcar. O Lula não tem que negociar. Nós negociamos, o Lula decide.


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