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Piloto morre em acrobacia
aérea no interior paulista
Avião pilotado por membro da FAB caiu em uma fazenda
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O piloto e membro honorário
da FAB (Força Aérea Brasileira) César Albuquerque Almeida, 35, morreu ontem durante
uma exibição de acrobacias aéreas. O avião que ele pilotava
caiu em numa área de mata de
difícil acesso em Nova Odessa
(126 km de São Paulo), na divisa
com Americana.
Albuquerque nasceu em São
Paulo e era o diretor do Departamento de Acrobacia do Aeroclube de Bragança Paulista
(SP). Também era empresário
e piloto de show aéreo. O piloto
era casado e deixou dois filhos.
Ele conquistou diversos títulos
acrobacias aéreas.
O acidente ocorreu por volta
da 13h. O piloto fazia uma exibição para uma festa de aniversário de 40 anos do aeroporto de
Americana. Ao menos 3.000
pessoas assistiam ao show.
O avião caiu em uma fazenda
localizada a cerca de 300 metros do aeroporto de Americana. A principal hipótese para o
acidente é de falha na aeronave,
mas peritos ainda investigarão
as causas da queda.
Testemunhas disseram que o
avião fazia uma manobra chamada "parafuso", quando perdeu estabilidade e caiu no solo.
O piloto morreu na hora.
Avião acrobático
No momento do acidente, Albuquerque pilotava o seu avião
monomotor Sukhoi SU-26M2
-especial para apresentações
aéreas. Em seu site, o piloto se
apresentava como tendo 2.400
horas de vôo, sendo 800 horas
realizadas em acrobacias.
Albuquerque iniciou na carreira de aviador em 1997, em
Peruíbe, no litoral paulista. Na
época, ele pilotava um ultraleve
Acrobático Rans S-9 Chaos.
Nos últimos oito anos se especializou no seu avião Sukhoi
SU-26M2, uma aeronave projetada por técnicos russos no
início da década de 80. Albuquerque considerava o Sukhoi
o "melhor avião acrobático".
Ele passou a se dedicar a vôos
de acrobacia em 1999 e, desde
então, conquistou os títulos de
vice-campeão brasileiro na Categoria Básica, em 2003, e campeão da Copa Decathlon, em
2004. Em 2005, ganhou o título
de membro honorário da FAB.
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