DA REPORTAGEM LOCAL

Um check-up das funções neurológicas a partir dos 60 anos. É o que defende a neuropsicóloga Jacqueline Abrisqueta-Gomez, da Unifesp, como forma de prevenir as demências, desordens mentais que aparecem na terceira idade, caracterizadas por perda de memória e de funções cognitivas, como atenção, linguagem e capacidade de planejamento.
Além do levantamento da história clínica e da avaliação neuropsicológica, pode-se recorrer, se for o caso, a exames de imagem (cintilografia e ressonância magnética, por exemplo) e laboratoriais mais simples, que tornam possível diferenciar vários transtornos da memória.
Segundo ela, alguns casos de demência são tratáveis, como os provocados por distúrbios hormonais e por deficiência de vitaminas. Mesmo as demências que não têm cura, como a doença de Alzheimer, podem ter a progressão retardada com drogas e reabilitação.
O grande desafio, porém, é desenvolver mecanismos que retardem ou evitem o chamado esquecimento patológico, de acordo com o médico Luiz Roberto Ramos, da Unifesp.
Ele coordena um trabalho com 150 idosos, que visa acompanhar e tratar o processo degenerativo. Cerca de 60% do grupo é saudável e 10% já apresentam demências. O próximo passo do projeto é tratar os 30% restantes, que podem desenvolver doenças neurológicas degenerativas, com antioxidantes. Outra idéia é usar jogos de computador como estratégia de reabilitação para idosos que já apresentam demências. (CC)


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