São Paulo, sábado, 2 de maio de 1998

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TRANSPORTE
Privatização, que inclui a Anhanguera, renderá R$ 1,5 bilhão ao Estado; obras começam em 4 meses
Construtoras assumem a Bandeirantes

RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local

O sistema rodoviário Anhanguera-Bandeirantes, o mais rentável entre as rodovias estaduais de São Paulo, passou ontem a ser administrado pelo consórcio AutoBAn, composto pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, CBPO, Serveng-Civilsan e SVE Participações.
O contrato de concessão, assinado ontem em Jundiaí, pelo governador Mário Covas (PSDB), tem validade por 20 anos. A concessão inclui toda a rodovia dos Bandeirantes e o trecho da rodovia Anhanguera até Limeira.
Pelo direito de explorar as rodovias, a AutoBAn pagará ao Estado R$ 1,5 bilhão e ainda se compromete a realizar obras no valor de R$ 700 milhões. Segundo as previsões da empresa, as despesas operacionais consumirão R$ 1,8 bilhão e os impostos, R$ 1,3 bilhão.
Em troca, o consórcio ficará com todo o dinheiro arrecadado nas cinco praças de pedágio existentes e nas três praças que serão implantadas em três anos (leia texto nesta página).
Para Covas, esse custo vai se transformar em economia de combustível e de tempo para os motoristas. "A economia para quem trafega e transporta nas duas estradas vai justificar plenamente o custo do pedágio."
Obras
As obras previstas no contrato devem ter início em quatro meses, em um trevo de acesso na cidade de Campinas. O prolongamento da Bandeirantes, que será estendida em 77 km, de Campinas a Limeira, custará R$ 387 milhões e terá início em oito meses. Esse trecho também será administrado pela AutoBAn.
Está prevista ainda a construção de 109 km de pistas marginais nas ruas rodovias. Desses, serão construídos 62 km de vias marginais na Bandeirantes e 47 km na Anhanguera.
Os serviços de socorro mecânico e médico previstos no contrato já começaram a funcionar ontem, em oito postos de socorro que eram administrados pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), quatro em cada rodovia.
Dois novos postos de socorro devem ser implantados na Anhanguera.
Empregos
Cerca de 50% dos 700 funcionários da Dersa, DER e empresas contratadas pelo Estado que trabalhavam nas duas rodovias foram aproveitados pela AutoBAn, segundo os dados da empresa.
No início, a empresa operará com 850 funcionários, com previsão de contratação de outros 250 até o final de janeiro.
Nas contas de Covas, a empresa criará cerca de 7.000 empregos diretos no prazo de oito meses, quando as obras começarem.



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