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TRANSPORTE
Privatização, que inclui a Anhanguera, renderá R$ 1,5 bilhão ao Estado; obras começam em 4 meses
Construtoras assumem a Bandeirantes
RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local
O sistema rodoviário Anhanguera-Bandeirantes, o mais rentável
entre as rodovias estaduais de São
Paulo, passou ontem a ser administrado pelo consórcio AutoBAn,
composto pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa,
CBPO, Serveng-Civilsan e SVE
Participações.
O contrato de concessão, assinado ontem em Jundiaí, pelo governador Mário Covas (PSDB), tem
validade por 20 anos. A concessão
inclui toda a rodovia dos Bandeirantes e o trecho da rodovia
Anhanguera até Limeira.
Pelo direito de explorar as rodovias, a AutoBAn pagará ao Estado
R$ 1,5 bilhão e ainda se compromete a realizar obras no valor de
R$ 700 milhões. Segundo as previsões da empresa, as despesas operacionais consumirão R$ 1,8 bilhão e os impostos, R$ 1,3 bilhão.
Em troca, o consórcio ficará
com todo o dinheiro arrecadado
nas cinco praças de pedágio existentes e nas três praças que serão
implantadas em três anos (leia
texto nesta página).
Para Covas, esse custo vai se
transformar em economia de
combustível e de tempo para os
motoristas. "A economia para
quem trafega e transporta nas
duas estradas vai justificar plenamente o custo do pedágio."
Obras
As obras previstas no contrato
devem ter início em quatro meses,
em um trevo de acesso na cidade
de Campinas. O prolongamento
da Bandeirantes, que será estendida em 77 km, de Campinas a Limeira, custará R$ 387 milhões e
terá início em oito meses. Esse trecho também será administrado
pela AutoBAn.
Está prevista ainda a construção
de 109 km de pistas marginais nas
ruas rodovias. Desses, serão construídos 62 km de vias marginais na
Bandeirantes e 47 km na Anhanguera.
Os serviços de socorro mecânico
e médico previstos no contrato já
começaram a funcionar ontem,
em oito postos de socorro que
eram administrados pela Dersa
(Desenvolvimento Rodoviário
S/A), quatro em cada rodovia.
Dois novos postos de socorro
devem ser implantados na Anhanguera.
Empregos
Cerca de 50% dos 700 funcionários da Dersa, DER e empresas
contratadas pelo Estado que trabalhavam nas duas rodovias foram aproveitados pela AutoBAn,
segundo os dados da empresa.
No início, a empresa operará
com 850 funcionários, com previsão de contratação de outros 250
até o final de janeiro.
Nas contas de Covas, a empresa
criará cerca de 7.000 empregos diretos no prazo de oito meses,
quando as obras começarem.
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