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Psiquiatra atuou no tratamento de ex-pracinhas
DA REPORTAGEM LOCAL
A descoberta de semelhanças
entre vítimas de sequestro e
neuróticos de guerra nasceu da
experiência forçada de um psiquiatra em início de carreira.
Eduardo Ferreira Santos tratou, em 1982, em São Paulo, de
mais de 50 pracinhas que lutaram na Segunda Guerra Mundial e que apresentavam problemas psicológicos.
Depois de conseguir adiar o
serviço militar por três anos,
ele teve de trabalhar no hospital
do Exército, em São Paulo, na
época em que o governo oferecia serviço médico especializado para ex-militares com sequelas psicológicas da guerra.
A experiência durou um ano.
Décadas depois, quando passou a ouvir os relatos de vítimas de sequestro, a comparação foi imediata. "Eu via nos
pracinhas, 30 anos depois da
guerra, sintomas parecidos
com os das pessoas que foram
sequestradas", afirmou Santos.
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