São Paulo, Quarta-feira, 02 de Junho de 1999
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Acusados são ligados a políticos

da Reportagem Local

Depoimentos de funcionários do Anhembi à polícia indicam que a garantia de estabilidade na empresa é a ligação com algum político ou mesmo com o prefeito.
O integrante da Coordenadoria Especial do Negro (Cone) Sebastião Ogerso de Carvalho, por exemplo, afirmou que foi indicado para trabalhar no Anhembi diretamente pelo prefeito de São Paulo, Celso Pitta.
Carvalho trabalha no gabinete do prefeito e disse ter sido indicado por ser amigo particular de Pitta. A prática, denominada desvio de função, é ilegal.
Outros três funcionários ligados diretamente à primeira-dama, Nicéa Pitta, também disseram que, apesar de cumprirem expediente no Casa (Centro de Apoio Social e Atendimento), iam todo final de mês ao Anhembi para assinar a lista de presença.
O motorista João Ferreira Mello, a secretária Neyva Cristina Bulgarelli e a assessora Natália Cláudia Martins disseram ter sido contratados para trabalhar no Casa.
Parentes do deputado estadual Hanna Garib também eram do Anhembi. A mulher Valéria Badri Hadi Gharib, o filho Ricardo Alexandre Gharib e o cunhado Fouad Georges El Ghorayeb prestaram depoimentos vagos e contraditórios, segundo o Ministério Público.
Foram ouvidos ainda três parentes do credor de Pitta, o empresário Jorge Yunes. Gilbert Beck e os filhos Gilbert e Marcello Yunes Dib Beck também não compareciam à empresa.


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