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Drogas para ereção exigirão receita
da Reportagem Local
Vai ficar mais difícil comprar
drogas para a impotência. O Ministério da Saúde determinou que
os medicamentos à base de fentolamina sejam enquadrados na lista
C1, que exige a retenção de uma
cópia da receita.
A medida atinge três remédios
contra a disfunção erétil que estão
no mercado brasileiro há cerca de
um mês - o Vasomax, da Schering-Plough, o Regitina, da Novartis e o Hevinyl, da Libbs.
O Viagra, do laboratório Pfizer, a
primeira droga oral contra disfunção erétil, já era vendido com a retenção da receita.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial" da União de segunda-feira. A Schering-Plough disse estar surpresa com a exigência, "já
que os estudos clínicos que determinaram a aprovação do Vasomax
indicam que o produto apresenta
alto perfil de segurança".
"Estamos ainda sem saber as razões da Vigilância Sanitária", disse
Rubens Pedrosa Júnior, diretor
executivo da divisão farmacêutica
da Schering-Plough.
O urologista Joaquim Francisco
de Almeida Claro, da Universidade
Federal de São Paulo, considerou
de "bom senso" a decisão da Vigilância. "Todas as drogas orais contra disfunção erétil no mercado
são vasodilatadoras e precisam ser
mais bem conhecidas", disse.
Nos EUA, a Schering-Plough
adiou por pelo menos seis meses o
registro do Vasomax junto ao
FDA, órgão do governo americano
que controla remédios e alimentos. Segundo Pedrosa Júnior, a decisão se deve a um atraso na conclusão de alguns trabalhos científicos. "O lançamento no Canadá e
na União Européia continua mantido para este ano."
Um ano de Viagra
O laboratório Pfizer comemorou
ontem o primeiro aniversário da
entrada do Viagra no Brasil e a
venda de cinco milhões de comprimidos, com faturamento de US$
28,8 milhões. Segundo a empresa,
100 mil casais estão se beneficiando da droga.
Nos EUA, onde foi aprovado em
março de 1998, o medicamento já
vendeu 70 milhões de comprimidos. Nos 66 países onde é comercializado, já faturou US$ 1 bilhão.
Ontem, a empresa divulgou uma
pesquisa clínica realizada com 353
brasileiros acompanhados por oito semanas em 56 diferentes instituições. Cerca de 82% relataram
"melhora significativa em suas
ereções", segundo a empresa.
Outra pesquisa junto a 67% dos
médicos andrologistas mostrou
que 83% consideram "o produto
seguro, desde que prescrito por
um profissional capacitado".
Quanto aos riscos atribuídos ao
Viagra, o diretor médico Valtair
Pinto disse que em nenhum caso
ficou provada uma relação direta
entre a droga e a morte de pessoas.
(AURELIANO BIANCARELLI)
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