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Fundef provoca redução de investimentos no ensino infantil
da Sucursal de Brasília
Criado para fortalecer o ensino
fundamental (antigo 1º grau), o
Fundef trouxe um efeito colateral à
educação infantil. De 97 para 98, o
número de matrículas em creches
e pré-escolas no país caiu de 4,64
milhões para 4,49 milhões -uma
redução de 3,2%.
A queda contrasta com o crescimento das matrículas no ensino
fundamental (4,7%) e no ensino
médio (8,8%).
A maior redução nas vagas para a
educação infantil aconteceu na rede estadual -34,5%.
Segundo a Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais da
Educação), isso aconteceu porque,
após a implantação do Fundef, os
Estados passaram a alegar falta de
recursos para investir em educação infantil, deixando-a exclusivamente sob responsabilidade dos
municípios.
"Como o Fundef obrigou Estados e municípios a destinarem
15% de suas receitas ao ensino fundamental, os governos estaduais
abandonaram a educação infantil", reclama o presidente da Undime, Neroalto Pontes de Azevêdo.
Os municípios reivindicam que
seja encontrada uma forma alternativa de financiar a educação infantil, da mesma maneira como o
Fundef garantiu recursos para o
ensino fundamental.
Segundo Azevêdo, o Banco Mundial deverá conceder empréstimos
a Estados e municípios específicos
para a educação infantil.
O ministro Paulo Renato Souza
diz que não são necessários recursos adicionais e que os municípios
devem aproveitar os 10% que sobram da parcela que têm de investir em educação (25% da receita)
para custear creches e pré-escolas.
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