DA REPORTAGEM LOCAL

Metade dos seqüestros registrados na capital paulista neste ano ocorreu na zona leste, segundo levantamento de boletins de ocorrência feitos entre janeiro e junho.
Em segundo lugar, ficou a zona sul, com 28,6% dos casos. Esses números não levam em consideração a localização do cativeiro, e sim a região onde a vítima foi capturada.
A zona leste passou a ser apontada como líder no ranking de seqüestros, posição antes ocupada pela zona sul, em julho de 2003. Concentrava, na época, 30% dos casos. Na ocasião, o diretor do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado, Godofredo Bittencourt, afirmou que as vítimas eram pequenos comerciantes da região, que crescia economicamente.
A Divisão Anti-Seqüestro não tem levantamento das vítimas por ocupação, mas o diretor da unidade, Wagner Giudice, acredita que comerciantes da periferia ou parentes deles, de todas as regiões da cidade, passaram a ser as principais vítimas. "É o padeiro, o dono da loja de construção, o dono do mercadinho. Ele mora na beirada de São Paulo, perto da favela, compra um Monza 85 e o seqüestrador acha que ele está rico", diz. (GP)


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