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Maior hospital privado da América Latina, Beneficência Portuguesa faz 150 anos
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
A Beneficência Portuguesa
de São Paulo completa hoje
150 anos. A modesta sociedade fundada em 2 de outubro
de 1859 por dois caixeiros portugueses para ajudar os imigrantes carentes deu origem
ao maior complexo hospitalar
privado da América Latina.
A modernidade e a tradição
convivem dentro das gigantescas torres da av. 23 de
Maio. A Beneficência que é referência em complexos transplantes, principalmente cardíacos, conta com equipamentos médicos de milhões
de dólares e se dedica ao ensino e à pesquisa científica é a
mesma que ostenta em seus
corredores pinturas e bustos
de reis de Portugal e brasões
da época em que Portuguesa
se escrevia com "z".
O primeiro hospital foi
aberto em 1876, na atual rua
Brigadeiro Tobias, no centro,
com pouco mais de cem leitos.
Chegou a ser visitado pelo imperador Pedro 2º. "O prédio
era uma beleza, de arquitetura requintada", lembra Tharcillo Toledo Filho, 79, o médico mais antigo da Beneficência -trabalha ali desde 1955.
A transferência para o atual
endereço foi feita em 1957. "O
hospital foi muito criticado.
Diziam que o novo local era
ermo e distante", lembra.
Quatro novas torres foram
erguidas ao longo dos anos,
além do recém-inaugurado
hospital São José, no quarteirão ao lado. Hoje o complexo
beira os 2.000 leitos.
A Beneficência Portuguesa
é ligada a nomes famosos. O
presidente Jânio Quadros e a
pintora Tarsila do Amaral foram alguns dos pacientes ilustres. A direção da entidade entre a década de 1970 e o ano
passado coube ao empresário
Antonio Ermírio de Moraes.
Hoje é gerida por seu filho Rubens Ermírio de Moraes.
Embora a Beneficência seja
privada, 60% do cerca de 1,5
milhão de atendimentos
anuais são para o SUS.
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