São Paulo, sexta-feira, 02 de outubro de 2009

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Maior hospital privado da América Latina, Beneficência Portuguesa faz 150 anos

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A Beneficência Portuguesa de São Paulo completa hoje 150 anos. A modesta sociedade fundada em 2 de outubro de 1859 por dois caixeiros portugueses para ajudar os imigrantes carentes deu origem ao maior complexo hospitalar privado da América Latina.
A modernidade e a tradição convivem dentro das gigantescas torres da av. 23 de Maio. A Beneficência que é referência em complexos transplantes, principalmente cardíacos, conta com equipamentos médicos de milhões de dólares e se dedica ao ensino e à pesquisa científica é a mesma que ostenta em seus corredores pinturas e bustos de reis de Portugal e brasões da época em que Portuguesa se escrevia com "z".
O primeiro hospital foi aberto em 1876, na atual rua Brigadeiro Tobias, no centro, com pouco mais de cem leitos. Chegou a ser visitado pelo imperador Pedro 2º. "O prédio era uma beleza, de arquitetura requintada", lembra Tharcillo Toledo Filho, 79, o médico mais antigo da Beneficência -trabalha ali desde 1955.
A transferência para o atual endereço foi feita em 1957. "O hospital foi muito criticado. Diziam que o novo local era ermo e distante", lembra.
Quatro novas torres foram erguidas ao longo dos anos, além do recém-inaugurado hospital São José, no quarteirão ao lado. Hoje o complexo beira os 2.000 leitos.
A Beneficência Portuguesa é ligada a nomes famosos. O presidente Jânio Quadros e a pintora Tarsila do Amaral foram alguns dos pacientes ilustres. A direção da entidade entre a década de 1970 e o ano passado coube ao empresário Antonio Ermírio de Moraes. Hoje é gerida por seu filho Rubens Ermírio de Moraes.
Embora a Beneficência seja privada, 60% do cerca de 1,5 milhão de atendimentos anuais são para o SUS.


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