São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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Funcionários comemoram volta

da Reportagem Local

Funcionários da loja matriz da rede G. Aronson, na rua Conselheiro Crispiniano (centro de São Paulo), comemoraram o fim do sequestro de Girsz Aronson e apostaram no retorno do patrão para retomar as atividades normais do negócio.
"Durante o sequestro, nós ficamos desmotivados. Quando algum freguês pedia um desconto, era o senhor Aronson quem dava. Agora acho que a rotina da loja vai voltar ao normal", disse o vendedor Moisés Ribeiro, que há 11 anos trabalha na matriz.
Segundo ele, o movimento baixou 60% no período em que Girsz Aronson esteve sequestrado.
Nos 14 dias do sequestro, a loja matriz tornou-se ponto de visitação de curiosos, ex-vendedores e amigos de Aronson.
O gerente do estabelecimento, Elcio Luiz de Alvarenga Campos, disse que, nesses dias, os fregueses perderam a oportunidade de poder negociar descontos diretamente com o proprietário da rede, que ficava sentado a uma mesa a cinco passos da porta da loja.
Antes do sequestro, Aronson costumava abrir a loja às 5h30. Ele sempre foi muito conhecido por lojistas e vendedores da região. Frequentemente andava de bicicleta pela redondeza, sem segurança.

Homenagens
O retorno de Girsz Aronson atraiu ex-funcionários e curiosos ontem de manhã à loja matriz.
A gravação da entrevista do empresário foi acompanhada por dezenas de pessoas em aparelhos de televisão à venda na loja.
"Tinha de acontecer isso logo com o seu Aronson, que é uma pessoa tão boa e um excelente patrão", disse Almira Pereira Figueiredo Alves, 49, ex-caixa de uma loja G. Aronson no Lar Center, que fechou no ano passado.
"Eu deixei de trabalhar para ele porque a loja fechou. A culpa foi da crise", disse Almira, chorando, enquanto olhava fixo para uma das TVs que exibiam a entrevista.
Ela contou que rezava "de manhã, à tarde e à noite para o Espírito Santo para que nada acontecesse com o seu Aronson".
"Vim para cá assim que soube do fim do sequestro. Dei graças a Deus por terem libertado o senhor Aronson. Ele é uma pessoa boa, que ajuda as pessoas com trabalho, emprego e até dinheiro, que eu já vi", disse a promotora de vendas Mary Martines, 29.
(ANDRÉ LOZANO)


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