São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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Tecido é nova prova no assassinato de prostituta

da Folha Ribeirão

Duas testemunhas reconheceram os pedaços de tecido encontrados pela polícia na avenida Francisco Junqueira, anteontem, em Ribeirão Preto, como sendo da garota de programa Selma Heloísa Artigas da Silva, arrastada até a morte presa na lateral de uma camionete Pajero em 11 de setembro.
Segundo o delegado Samuel Antônio Zanferdini, que cuida do caso, o depoimento reforça que há contradição na versão apresentada pelo empresário Pablo Russel Rocha, 24, acusado do crime.
Ontem, o delegado disse que a prisão temporária do empresário foi prorrogada pela Justiça por mais 20 dias porque o inquérito ainda está incompleto. "Surgiram novos indícios que precisamos esclarecer", afirmou Zanferdini.
Os pedaços de tecido, por exemplo, estavam em uma avenida distante do percurso descrito por Rocha. Em sua versão de defesa, ele disse que Selma ficou enroscada acidentalmente no cinto de segurança e acabou sendo arrastada do Anel Viário (saída para Sertãozinho) até a avenida Caramuru, percorrendo um total de 2,5 km.
Do local onde estavam as peças da roupa, na avenida Francisco Junqueira, até a avenida Caramuru, o percurso ultrapassa 10 km.
A polícia chegou até as provas depois de interrogar quatro garçons que teriam visto o empresário dentro da camionete, arrastando Selma na lateral do veículo.
Os pedaços de tecido achados na avenida já passaram por perícia no Instituto de Criminalística de São Paulo, onde será verificado se as manchas são de sangue.
Segundo Zanferdini, a conclusão do inquérito depende dos laudos periciais que devem estar prontos na próxima semana.
Ontem, ao saber da prorrogação da prisão temporária, o advogado de Rocha, Said Issa Hallah, disse que não irá recorrer contra a decisão.



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