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Tecido é nova prova no assassinato de prostituta
da Folha Ribeirão
Duas testemunhas reconheceram os pedaços de tecido encontrados pela polícia na avenida
Francisco Junqueira, anteontem,
em Ribeirão Preto, como sendo da
garota de programa Selma Heloísa
Artigas da Silva, arrastada até a
morte presa na lateral de uma camionete Pajero em 11 de setembro.
Segundo o delegado Samuel Antônio Zanferdini, que cuida do caso, o depoimento reforça que há
contradição na versão apresentada pelo empresário Pablo Russel
Rocha, 24, acusado do crime.
Ontem, o delegado disse que a
prisão temporária do empresário
foi prorrogada pela Justiça por
mais 20 dias porque o inquérito
ainda está incompleto. "Surgiram
novos indícios que precisamos esclarecer", afirmou Zanferdini.
Os pedaços de tecido, por exemplo, estavam em uma avenida distante do percurso descrito por Rocha. Em sua versão de defesa, ele
disse que Selma ficou enroscada
acidentalmente no cinto de segurança e acabou sendo arrastada do
Anel Viário (saída para Sertãozinho) até a avenida Caramuru, percorrendo um total de 2,5 km.
Do local onde estavam as peças
da roupa, na avenida Francisco
Junqueira, até a avenida Caramuru, o percurso ultrapassa 10 km.
A polícia chegou até as provas
depois de interrogar quatro garçons que teriam visto o empresário dentro da camionete, arrastando Selma na lateral do veículo.
Os pedaços de tecido achados na
avenida já passaram por perícia no
Instituto de Criminalística de São
Paulo, onde será verificado se as
manchas são de sangue.
Segundo Zanferdini, a conclusão do inquérito depende dos laudos periciais que devem estar
prontos na próxima semana.
Ontem, ao saber da prorrogação
da prisão temporária, o advogado
de Rocha, Said Issa Hallah, disse
que não irá recorrer contra a decisão.
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