da Reportagem Local

O laboratório Schering do Brasil (não confundir com Schering-Plough) confirmou ontem a versão do ex-gerente de vendas Léo Mauro Conti.
Segundo o diretor de marketing da empresa, Theo Vanderloo, o então gerente de vendas chegou a avisar um dos diretores, cujo nome não foi revelado. A empresa confirma ter sido avisada de que uma pessoa havia ligado para reclamar o pagamento de uma encomenda de caixas de Androcur.
Segundo a empresa, a Schering não chegou a procurar a polícia na época por não ter relacionado o caso com o Androcur falso. O laboratório também alega que o telefonema ocorreu em setembro do ano passado e as primeiras informações sobre a falsificação do remédio só começaram a surgir em janeiro deste ano.
Segundo o diretor de marketing, após o primeiro telefonema, a empresa decidiu esperar um segundo contato da gráfica para depois investigar o caso.
Com não houve novo telefonema, a empresa "esqueceu o fato", segundo Vanderloo, mesmo após a ampla divulgação do caso do Androcur falso pela imprensa.
Essa é a segunda vez que a Schering deixa de comunicar de imediato às autoridades, como a Vigilância Sanitária e a polícia, uma suspeita de problema com medicamento.
No caso da pílula Microvlar, a empresa recebeu em maio uma carta anônima dizendo que havia no mercado pílulas de farinha, mas a empresa decidiu esperar, de novo, um segundo contato.
Apenas em junho, após divulgação do caso pela TV, a Schering avisou a Vigilância e polícia. (CC)



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