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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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No Rio, parque ganha câmeras contra violência

DA REPORTAGEM LOCAL

O parque do Flamengo do Rio, cujos jardins foram projetados por Roberto Burle Marx (1909-1994) na década de 1960, vai ganhar um acessório antiviolência no próximo ano. Serão instaladas cerca de 20 câmeras de vídeo em seus 1,2 milhão de metros quadrados (equivalente a 120 campos de futebol).
"É a forma que encontramos para evitar vandalismos contra as plantas e a ocupação pela população de rua", diz Vera Dodsworth, 50, presidente da Fundação Parques e Jardins do Rio.
Até os cabos de energia dos postes foram furtados do mais importante parque do Rio, criado pelo inventor do paisagismo moderno, segundo Dodsworth. As câmeras foram a solução encontrada para aumentar a segurança do parque já que não se pode mexer nos jardins, tombados pelo Patrimônio Histórico.
Em outros parques do Rio, a solução foi remover ou minimizar o uso de arbustos. "É muito comum encontrarmos famílias vivendo atrás das moitas, até nas praças cercadas", afirma.
Áreas de vegetação mais cerrada eram usadas por traficantes, segundo a paisagista. Isso ocorria no Jardim de Alá, em Ipanema. A forma de afastar o tráfico, de acordo com ela, é mudar o cardápio de plantas, a iluminação e criar uma série de atrações para que o local esteja sempre cheio.



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