da Reportagem Local

da Agência Folha

Instituições incluídas na lista do MEC descartam a hipótese de ter cursos fechados ao final de seis meses. A Folha conseguiu ontem contato com representantes de 5 das 12 listadas pelo MEC. Algumas garantiram já ter feito os acertos necessários.
A dificuldade de encontrar professores com título de mestre ou de doutor é a causa da inclusão da Faculdade do Vale do Araguaia (MT) na lista.
Segundo José Ataíde Nunes, coordenador de direito da faculdade, o curso teve notas D e E por três anos no provão e conceito insuficiente no quesito corpo docente. "É muito difícil conseguir profissionais com títulos de doutor e mestre no interior desse Brasil."
Segundo ele, a faculdade está mandando seus professores fazerem mestrado em outros Estados. "Até julho de 2000, 58% dos nossos professores serão titulados."
A Faculdade de Administração de Empresas de Jaú (SP) também enfrentou dificuldade para encontrar professores titulados, mas o problema já foi resolvido, de acordo com Rui Carvalho Piva, diretor das Faculdades Integradas de Jaú.
Ele diz que, no ano que vem, 52% dos professores terão pós-graduação. "Deixamos para fazer as mudanças em 2000 para não criar problemas para os alunos."
A Faculdade de Ciências Humanas Esuda, de Recife (PE), foi incluída na lista por problemas na infra-estrutura das salas de aula e da biblioteca. De acordo com a assessoria de imprensa da faculdade, os problemas já foram resolvidos.
Já o diretor da Faculdade de Direito de Sete Lagoas (MG), Marcelo Vianna, disse que vai pedir uma reavaliação do MEC imediatamente. Com nota C no provão, a renovação do curso foi negada, segundo Vianna, por causa da titulação dos docentes.
"Mas nós já contratamos cinco novos professores e, por isso, não há motivos para não termos a renovação do curso", disse.
A direção da Faculdade de Ciências Humanas do Vale do Rio Grande (450 km de SP) afirma que o vestibular, realizado em 14 de novembro, não será cancelado em razão do parecer do MEC.



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